Nos primeiros 100 dias de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta uma das maiores crises de sua gestão. As bolsas americanas registraram uma queda acumulada de até 8%, refletindo a instabilidade provocada por suas políticas comerciais agressivas e tensões diplomáticas.
Em 2 de abril, Trump anunciou o “Dia da Libertação”, impondo tarifas abrangentes sobre importações de diversos países, incluindo uma tarifa base de 10% e taxas específicas que chegaram a 54% para produtos chineses. A medida desencadeou uma reação negativa imediata nos mercados financeiros. Em apenas dois dias, o índice Dow Jones perdeu mais de 4.000 pontos, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq registraram quedas superiores a 10% .
A resposta internacional foi rápida. A China retaliou com tarifas de 34% sobre produtos americanos, intensificando a guerra comercial. A União Europeia e outros parceiros comerciais também expressaram preocupação, aumentando a pressão sobre a economia global .
Além das turbulências econômicas, a popularidade de Trump sofreu um declínio acentuado. Pesquisas indicam que sua aprovação caiu para 39%, o menor índice para um presidente americano nos primeiros 100 dias desde a década de 1950 . A desaprovação é particularmente alta entre mulheres e hispano-americanos, refletindo a insatisfação com as políticas adotadas.
Analistas apontam que as ações de Trump estão corroendo a confiança no sistema financeiro dos EUA. A imposição de tarifas e os ataques à Reserva Federal aumentaram a volatilidade dos mercados e levantaram dúvidas sobre a estabilidade econômica do país .
Enquanto isso, o mercado de trabalho e os indicadores econômicos mostram sinais de desaceleração. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA contraiu 2,8% no primeiro trimestre, e o risco de recessão aumentou para 55%, segundo previsões recentes .
Diante desse cenário, investidores e líderes empresariais pressionam por uma mudança de rumo nas políticas do governo. A expectativa é que a administração Trump adote medidas para estabilizar os mercados e restaurar a confiança na economia americana.
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