O fundo imobiliário SNEL11 tem atraído a atenção dos investidores pela sua performance consistente e foco no setor de energia limpa. Negociado atualmente por cerca de R$ 8,83, o fundo exibe um ágio de 12% sobre seu valor patrimonial, situado em torno de R$ 23. Com aproximadamente 30 mil cotistas e um patrimônio atualizado para mais de R$ 200 milhões após recente reavaliação dos ativos, o SNEL11 permanece em destaque no mercado. Mas será que vale realmente a pena investir agora?
SNEL11: panorama geral do fundo
Valor patrimonial e Ágio
Um dos pontos que mais chamam atenção no SNEL11 é a significativa diferença entre seu valor patrimonial (R$ 23 por cota) e o preço de mercado atual (R$ 8,83). Isso gera um ágio expressivo, indicando que o mercado enxerga potencial na valorização futura dos ativos do fundo, especialmente pelas oportunidades no segmento de energia solar.
Reservas e distribuição
Atualmente, o fundo conta com uma reserva financeira correspondente a cerca de metade de sua última distribuição mensal (10 centavos por cota). Porém, é importante destacar que essa reserva vem sendo consumida desde outubro do ano passado para manter o rendimento estável, levantando preocupações sobre a sustentabilidade dessas distribuições nos próximos meses.
Carteira e principais ativos
O SNEL11 possui uma grande concentração (46%) em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), especificamente no “CRI Portfólio Solar”, uma operação que oferece uma rentabilidade atrativa (CDI + 3,5%). Entretanto, o fundo não fornece detalhes aprofundados sobre essa operação, fato que pode gerar certa apreensão entre os investidores.
Além dos CRIs, o fundo administra unidades fotovoltaicas distribuídas por diferentes estados brasileiros, com contratos de locação longos, geralmente entre 10 e 15 anos, na modalidade de energia compensada ou take-or-pay.
Pontos de atenção no SNEL11
Problemas operacionais
Um dos ativos, localizado em Petrolina, enfrenta desafios devido à inadimplência dos clientes, prejudicando diretamente o desempenho financeiro do empreendimento. Embora já esteja em curso uma busca ativa por novos inquilinos para melhorar os fluxos financeiros, essa questão permanece como um ponto crítico a ser acompanhado pelos investidores.
Projetos em desenvolvimento
Atualmente, três unidades fotovoltaicas importantes (Mundo Melhor, São Bento Abade e Liberdade) aguardam conexão à rede elétrica para iniciar operações. A entrada em operação desses ativos pode melhorar significativamente os resultados do fundo, potencialmente equilibrando a necessidade de usar reservas.
Outros 3 FIIs para turbinar resultados em 2025
Para diversificar sua carteira e potencializar resultados, destacamos outros três fundos imobiliários promissores:
- HGLG11 (Logística)
Conhecido por sua consistência, o HGLG11 oferece uma carteira diversificada de ativos logísticos, com rendimentos estáveis e forte histórico de valorização patrimonial.
- MXRF11 (Fundo de Recebíveis)
O MXRF11 é popular por seu alto rendimento mensal e risco controlado, especialmente em um cenário de taxas de juros elevadas.
- KNRI11 (Híbrido)
Com exposição a imóveis comerciais e logísticos, o KNRI11 tem potencial para valorização patrimonial, aliado a uma gestão experiente e um portfólio sólido de ativos bem localizados.
Embora o SNEL11 apresente diversos atrativos, como sua valorização acima do patrimônio e o foco em energia renovável, os investidores devem considerar os riscos atrelados à utilização recorrente das reservas para manter distribuições e a concentração expressiva em um único CRI.
Diversificar com fundos como HGLG11, MXRF11 e KNRI11 pode ser uma estratégia prudente para equilibrar riscos e potencializar retornos em 2025.
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