SNCI11 está arriscado? Veja os principais alertas e a situação atual

O SNCI11 é um Fundo de Investimento Imobiliário (FII) do segmento de recebíveis, gerido pela Suno Asset. Ele tem como foco investimentos em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), buscando um portfólio equilibrado entre risco e rentabilidade.

Principais números do SNCI11:

  • Valor da cota atual: R$ 84,00
  • Dividend Yield (DY) mensal: cerca de 1,19%
  • Patrimônio Líquido: aproximadamente R$ 402 milhões
  • Quantidade de cotistas: menos de 40.000
  • Alavancagem (LTV): 62% (ligeiramente acima do ideal de 50%)

A estrutura do fundo inclui alocação majoritária em CRIs, mas também conta com investimentos em outros Fundos Imobiliários (FIIs), o que gera discussões entre os investidores.

Distribuições e expectativas de pagamento

Atualmente, o fundo paga R$ 1,00 por cota ao mês, o que tem se mantido constante desde o meio de 2023. Com a atual reserva de lucros em torno de R$ 0,21 por cota, espera-se que essa distribuição continue estável nos próximos meses, a menos que ocorram novos impactos financeiros.

A gestão afirma que há uma estratégia de realocação dos recursos para garantir maior previsibilidade nos rendimentos futuros, buscando ativos que possam manter um spread positivo entre receita e custo da alavancagem.

Operações em alerta e principais riscos

Embora o SNCI11 seja um fundo estruturado, alguns pontos de atenção têm sido levantados pelos investidores:

  1. Alavancagem elevada

O fundo aumentou sua alavancagem de 4,88% para 20,55%, gerando preocupação entre os cotistas. A gestão esclareceu que parte dessa alavancagem é composta por operações compromissadas de alta liquidez, que podem ser desfeitas rapidamente sem grandes impactos financeiros.

  1. Alocação em fundos imobiliários

Atualmente, 14,6% do portfólio está investido em FIIs, gerando dúvidas entre os cotistas sobre o motivo de manter capital em outros fundos em vez de diretamente em CRIs. Investimentos em FIIs resultam em pagamento de taxas de administração duplas, o que pode impactar a eficiência do fundo.

  1. Inadimplência e renegociações

Algumas operações do portfólio apresentaram problemas recentes:

  • Venda de imóvel de garantia em um CRI de risco elevado, o que gerou atrasos no repasse de capital ao fundo.
  • Gafisa: atraso na conclusão de obras adiou o pagamento das amortizações para setembro de 2025, com impacto direto no fluxo de caixa.
  • Vitacon: operação foi amortizada em 88,5%, restando apenas 11,5% do saldo devedor.

Composição da carteira e perfil de risco

O SNCI11 se posiciona como um fundo de risco médio (mid risk), mas suas taxas de retorno sugerem um perfil mais agressivo.

Principais indexadores da carteira:

  • IPCA+ 11,4%
  • CDI+ 6,22%

A exposição aos indexadores de inflação (IPCA) é significativa, representando 72% da carteira. Isso torna o fundo sensível às oscilações da economia, principalmente se houver mudanças nas projeções de inflação e juros.

Distribuição dos setores investidos:

  • Incorporação imobiliária (predominante)
  • Energia (posição relevante, diferenciando-se de outros FIIs)
  • Outros setores imobiliários diversificados

Liquidez e valor patrimonial

  • O valor patrimonial da cota atualmente é de R$ 95,82, apresentando um deságio de aproximadamente 12%.
  • A liquidez do fundo é razoável, com negociação diária em torno de R$ 60.000,00.
  • O número de cotistas caiu em cerca de 4.000 investidores no último ano, possivelmente devido às preocupações sobre sua alavancagem e distribuição de capital.

Vale a pena investir no SNCI11?

O SNCI11 continua sendo uma opção atrativa para investidores que buscam rendimentos elevados, mas há pontos de atenção: Rendimento consistente de R$ 1,00 por cota, com reservas financeiras. Carteira diversificada, incluindo setores pouco comuns como energia. Alavancagem elevada, exigindo monitoramento contínuo. Exposição significativa a Fundos Imobiliários, o que pode impactar a eficiência. Risco de inadimplência e atrasos nas amortizações, especialmente na operação da Gafisa.

Os investidores devem considerar esses fatores antes de tomar decisães, avaliando se o perfil do fundo está alinhado com seus objetivos de investimento e tolerância ao risco.

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