Recuo de Trump faz Ibovespa disparar e dólar cair abaixo de R$ 5,72

O clima de alívio tomou conta dos mercados financeiros globais nesta quarta-feira (23), após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele negou qualquer intenção de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e indicou uma possível abertura para negociações em relação às tarifas comerciais impostas à China. O gesto foi suficiente para acalmar os ânimos de investidores, que reagiram positivamente, tanto no Brasil quanto no exterior.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou o dia em alta de 1%, superando novamente os 132 mil pontos. No câmbio, o dólar recuou e foi negociado a R$ 5,71, refletindo o maior apetite ao risco por parte dos investidores estrangeiros e o alívio nas tensões comerciais.

O que está por trás do movimento?

Nos últimos dias, os mercados estavam pressionados pelas incertezas sobre o futuro das tarifas comerciais entre Estados Unidos e China, além das especulações sobre uma possível intervenção de Trump no comando do Fed. O Federal Reserve tem papel central na condução da política monetária americana, e qualquer ameaça à sua independência gera instabilidade nos mercados.

Com o recuo de Trump, os investidores enxergaram uma janela de estabilidade, o que proporcionou um dia de recuperação nas bolsas. Nos Estados Unidos, o índice Nasdaq subiu 2,5%, impulsionado principalmente pelas ações de tecnologia, que costumam ser mais sensíveis a mudanças no cenário macroeconômico global.

Impacto no Brasil: Ibovespa retoma os 132 mil pontos

O Ibovespa aproveitou o cenário internacional favorável e registrou forte alta, rompendo novamente a marca dos 132 mil pontos, que não era superada há semanas. A valorização foi puxada por ações de commodities, como Petrobras e Vale, além de bancos, que tendem a se beneficiar em ambientes de maior apetite por risco.

Além disso, a queda do dólar contribui para aliviar a pressão sobre os preços de importados, o que pode ajudar na dinâmica inflacionária brasileira. Esse movimento de valorização do real também reduz o custo de financiamento de empresas brasileiras com dívidas em dólar.

Incertezas ainda pairam no ar

Apesar do tom mais conciliador de Trump, o mercado segue atento aos próximos desdobramentos. As eleições presidenciais nos Estados Unidos, previstas para novembro, adicionam um fator extra de volatilidade, já que a política comercial americana tende a ser um tema central durante a campanha eleitoral.

Enquanto isso, as atenções também se voltam para o Federal Reserve, que mantém sua política de juros em patamares elevados para controlar a inflação, o que continua sendo um fator de pressão sobre os ativos de risco, especialmente nos mercados emergentes.

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