O governo federal anunciou a projeção de um reajuste de 7,18% no salário mínimo, que poderá elevar o valor para R$ 1.630 a partir de janeiro de 2026. A proposta consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada ao Congresso Nacional, contemplando a política de valorização do salário mínimo, que combina a inflação acumulada até novembro com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Atualmente, o salário mínimo está em R$ 1.518, e o reajuste, se confirmado, representará um incremento de R$ 112. O objetivo é preservar o poder de compra dos trabalhadores e beneficiários da Previdência Social, em meio à alta do custo de vida. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor ideal do salário mínimo, capaz de cobrir todas as despesas básicas de uma família, deveria ser de R$ 7.398,94.
Pressão sobre o governo aumenta após alta na cesta básica
A proposta de reajuste surge em meio a críticas ao poder de compra limitado do salário mínimo. Em 14 das 17 capitais brasileiras, o custo da cesta básica subiu em março, segundo levantamento do Dieese. Em São Paulo, o valor médio chegou a R$ 880,72, pressionando ainda mais o orçamento das famílias de baixa renda.
Os principais responsáveis pela alta foram alimentos como café, tomate e leite integral. Apenas Aracaju, Natal e João Pessoa registraram queda no preço da cesta básica. Diante desse cenário, o governo tem buscado medidas para evitar novas perdas de popularidade, após a recente polêmica sobre uma possível proposta de congelamento do salário mínimo.
Antecipação do 13º salário e crédito emergencial para aposentados
Além do reajuste projetado, aposentados e pensionistas do INSS já começaram a receber a antecipação da primeira parcela do 13º salário. Os pagamentos seguem o calendário regular, de acordo com o final do Número de Inscrição Social (NIS). Beneficiários que recebem até um salário mínimo com NIS final 3 tiveram o crédito liberado em 28 de abril.
Outra iniciativa voltada aos segurados é o programa Meu INSS Vale Mais, que permite a antecipação de até R$ 150 por mês diretamente do benefício, sem juros ou taxas adicionais. A medida tem o objetivo de oferecer um alívio financeiro emergencial para despesas básicas, como alimentação, medicamentos ou transporte.
O crédito é disponibilizado por meio de um cartão específico, emitido por instituições financeiras credenciadas ao INSS. Para solicitar, é necessário apresentar documentos como RG, CPF, comprovante de residência e o extrato de pagamento do benefício.
Contribuição à Previdência mesmo sem emprego formal
A atualização também reforçou a importância da contribuição ao INSS para pessoas sem atividade remunerada, como donas de casa de baixa renda, estudantes ou residentes no exterior. A modalidade de segurado facultativo permite recolher contribuições com alíquotas reduzidas, garantindo acesso a benefícios previdenciários no futuro. No caso das famílias inscritas no Cadastro Único, é possível contribuir com apenas 5% do salário mínimo, atualmente equivalente a R$ 75,90 por mês.
Esse modelo de contribuição é essencial para manter a qualidade de segurado e garantir acesso a benefícios como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade, mesmo para quem não possui vínculo formal de trabalho.
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