RBVA11: vale a pena investir após as últimas renovações e queda de dividendos?

O fundo imobiliário RBVA11 está passando por mudanças significativas em sua carteira de imóveis e estratégias de locação. Com recentes renovações contratuais, mudanças de indexadores e redução nos valores dos aluguéis, muitos investidores estão questionando qual será o futuro rendimento do fundo. 

Alavancagem e solidez financeira

Atualmente, o RBVA11 possui uma alavancagem controlada, próxima de 11%. O fundo detém dívidas totais de aproximadamente R$ 247 milhões, sendo cobertas por reservas líquidas que garantem pelo menos três anos das amortizações previstas. Isso traz segurança para os investidores, principalmente considerando as taxas atrativas dessas dívidas, predominantemente abaixo de IPCA + 6% ao ano.

Perfil das dívidas

  • Taxas competitivas: Máxima em IPCA + 6% ao ano.
  • Boa gestão financeira com recursos líquidos disponíveis.
  • Amortizações tranquilas até 2028.

Mudança de estratégia: de agências para o varejo

Historicamente focado em agências bancárias, o RBVA11 vem adotando um posicionamento mais diversificado, direcionando-se para o segmento varejista e educacional. Embora a Caixa Econômica Federal ainda seja o principal locatário, a Cogna se destaca como um novo parceiro relevante, impulsionando essa transição estratégica.

Principais inquilinos

  • Caixa Econômica Federal (ainda principal)
  • Cogna Educação
  • Santander
  • Grupo Pão de Açúcar
  • Pernambucanas

Renovação de contratos e impacto financeiro

Recentemente, o RBVA11 renovou dois contratos importantes com a Caixa por mais cinco anos, alterando o indexador de IGP-M para IPCA. Esses contratos passaram de atípicos para típicos, com redução no valor dos aluguéis em cerca de 7,2% e 5,9%. Apesar disso, a vacância permanece baixa, em apenas 4,8%, evidenciando uma gestão eficiente de ocupação.

Efeitos imediatos

  • Redução pontual dos aluguéis renovados
  • Transição para contratos típicos mais flexíveis
  • Potencial leve redução nos dividendos recorrentes

Dividendos: o que esperar após a redução recente?

Os dividendos distribuídos atualmente são de aproximadamente R$ 0,90 por cota, mas o resultado recorrente gira em torno de R$ 0,80. Com as mudanças recentes, é provável que o fundo ajuste sua distribuição para níveis mais alinhados ao seu desempenho real. Mesmo com esse ajuste, considerando a cotação atual, o RBVA11 oferece um yield competitivo, próximo de 1% ao mês.

Expectativas futuras

  • Distribuição atual: R$ 0,90 (acima do resultado real).
  • Distribuição projetada após ajuste: cerca de R$ 0,80.
  • Yield mensal estimado após ajuste: aproximadamente 1%.

Impactos da nova composição de ativos

O RBVA11 tem diversificado seu portfólio, adquirindo imóveis de padrão varejo e também ativos Triple A, mais sofisticados, localizados principalmente em São Paulo. Hoje, aproximadamente 75% dos imóveis já se destinam ao varejo, o que tende a reduzir ligeiramente a rentabilidade por metro quadrado em comparação com imóveis bancários tradicionais.

Composição atual do portfólio

  • 83 imóveis, sendo a maioria no segmento varejo
  • Apenas um imóvel sem renovação confirmada
  • Indexadores principais: IPCA (61%) e IGP-M (39%)

Perspectivas de mercado e valorização das cotas

O fundo vem atraindo novos cotistas graças à sua capacidade de adaptação ao mercado. De janeiro para fevereiro de 2025, o RBVA11 viu o número de cotistas saltar para cerca de 68 mil, indicando uma boa aceitação das estratégias adotadas.

A estratégia de diversificação e controle da alavancagem gera confiança, embora seja importante estar atento à redução natural da rentabilidade média que acompanha a migração das agências para o varejo.

Para investidores que buscam renda recorrente e estão atentos ao mercado imobiliário, o RBVA11 permanece como uma opção atrativa, mesmo considerando a possível redução no patamar de dividendos para algo mais sustentável no médio prazo. Monitorar os próximos relatórios de gestão será fundamental para avaliar se as novas estratégias trarão, além da segurança financeira, oportunidades de valorização adicional das cotas.

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