Em um momento de recuperação gradual da Bolsa brasileira e de maior apetite por renda passiva, três empresas chamam a atenção dos investidores com novidades sobre distribuição de dividendos: Copel (CPLE6), Magazine Luiza (MGLU3) e JHSF (JHSF3). Cada uma em fases distintas, mas com potencial de atrair tanto o investidor conservador quanto aquele em busca de oportunidades de valorização.
Copel (CPLE6) anuncia R$ 1,25 bilhão em dividendos
Entenda o pagamento e datas importantes
A Copel, gigante do setor elétrico do Paraná, divulgou uma proposta robusta de dividendos complementares no valor de R$ 1,25 bilhão, referente ao lucro líquido de 2024. A proposta será deliberada em 24 de abril, data que também marca a chamada “data com”, ou seja, quem tiver ações da empresa até esse dia terá direito aos proventos.
O pagamento será realizado em 15 de maio de 2025, e os valores variam conforme o tipo de ação:
- Ação ON (ordinária): R$ 0,21 por ação
- Ação PNA (preferencial classe A): R$ 0,23
- Ação PNB (preferencial classe B): R$ 0,23
Origem dos valores
Do total, R$ 672 milhões têm origem no lucro líquido ajustado de 2024, enquanto R$ 577 milhões vêm da reserva de retenção de lucros. A medida evidencia a solidez financeira da companhia e seu compromisso com a remuneração aos acionistas, mesmo após o processo de privatização.
Desempenho das ações
Atualmente, CPLE6 é negociada próxima aos R$ 9,45, com mínima de R$ 7,77 e máxima de R$ 9,58 nos últimos 12 meses. A empresa apresenta dividend yield próximo de 4% ao ano e vem entregando crescimento de 13% em 12 meses — um desempenho consistente para o setor.
Magazine Luiza (MGLU3) surpreende o mercado com nova proposta
Primeiro dividendo após longo período de seca
Sem distribuir dividendos nos últimos anos, o Magazine Luiza pegou o mercado de surpresa ao propor o pagamento de R$ 225 milhões em proventos, equivalente a R$ 0,30 por ação. A proposta será avaliada na Assembleia Geral Ordinária (AGO) marcada para 24 de abril, às 16h.
- Data com: 25 de abril
- Data de pagamento: 5 de maio
A proposta representa um movimento simbólico de recuperação da varejista, que sofreu forte desvalorização nos últimos anos, mas vem mostrando sinais de reação.
Ações em alta
As ações MGLU3 acumulam alta de 51% só em março de 2025, mesmo ainda caindo cerca de 40% nos últimos 12 meses. A mínima anual foi de R$ 5,81, e a máxima atingiu R$ 18,20, demonstrando grande volatilidade — mas também oportunidades.
A iniciativa de distribuir dividendos pode sinalizar não apenas melhora na gestão do caixa, mas também uma tentativa de reconquistar a confiança dos investidores após anos de resultados pressionados.
JHSF (JHSF3): Resultados à vista e possível retorno dos dividendos
O que esperar do anúncio de 27 de março
A JHSF, especializada em empreendimentos de alto padrão como o shopping Cidade Jardim e o aeroporto executivo em São Roque (SP), divulgará seus resultados do quarto trimestre de 2024 e o consolidado do ano na próxima quinta-feira, 27 de março.
Além do desempenho operacional e financeiro, o mercado está de olho na possibilidade de retomada dos dividendos mensais, que foram pagos ao longo de 2024 (R$ 0,03 por ação/mês), mas ainda não foram anunciados em 2025.
Emissão de debêntures sinaliza planejamento de longo prazo
Recentemente, a empresa anunciou a 16ª emissão de debêntures, com captação de R$ 937 milhões. O objetivo é alongar o perfil da dívida, reduzindo o custo financeiro com um prazo médio superior a 4 anos e remuneração de 102,5% do CDI. Desde o início de 2024, a JHSF já captou cerca de R$ 2,2 bilhões no mercado de capitais.
Isso demonstra disciplina financeira e pode abrir espaço para a retomada de pagamentos aos acionistas, caso os resultados do 4T24 confirmem estabilidade ou crescimento dos lucros.
Performance das ações
As ações JHSF3 estão cotadas na casa dos R$ 3,95, com mínima de R$ 3,33 e máxima de R$ 4,35 nas últimas 52 semanas. O dividend yield está próximo de 10% ao ano, embora os pagamentos estejam temporariamente suspensos em 2025.
O atual cenário traz boas notícias para investidores atentos:
- Copel reforça sua imagem como pagadora consistente de dividendos, mesmo após privatização.
- Magazine Luiza, apesar das dificuldades no varejo, sinaliza recuperação e valorização das ações.
- JHSF, com seu foco no público de alta renda e boa gestão financeira, pode retomar os proventos em breve.
Para quem busca renda passiva, dividendos recorrentes e potencial de valorização, vale a pena ficar de olho nesses papéis — sempre respeitando seu perfil de risco e estratégia de carteira.
O post Proventos à vista: Copel, Magalu e JHSF revelam planos de dividendos para 2025 apareceu primeiro em O Petróleo.