As ações da Petrobras (PETR4) e do Banco do Brasil (BBAS3) se consolidaram como as favoritas dos analistas para investidores que buscam bons dividendos em abril. De acordo com levantamento do Money Times, a petroleira recebeu 14 indicações entre 16 carteiras recomendadas, enquanto o Banco do Brasil aparece na sequência, com nove menções. O motivo? Fluxo de caixa elevado, políticas consistentes de distribuição e valuations atrativos.
Por que Petrobras se destaca entre os dividendos?
A Petrobras tem sido um dos destaques entre os pagadores de dividendos graças à combinação entre alta geração de caixa, produção em crescimento e exposição ao dólar. Segundo análise do BTG Pactual, a estatal é a favorita do setor de petróleo e gás, entregando não apenas proventos expressivos, mas também robustez operacional e financeira.
O banco destaca que o aumento recente do Capex em 2024 pode levar a uma revisão dos investimentos em 2025. Com isso, abre-se espaço para distribuir uma parcela ainda maior dos lucros aos acionistas. Além disso, a cotação atual da ação está em torno de R$ 34,54 — uma queda de cerca de 20% desde fevereiro de 2024, o que torna o ativo ainda mais atrativo, especialmente considerando a possível recuperação do preço do barril de petróleo Brent, atualmente por volta de US$ 65.
Dividendos já anunciados e expectativas
A empresa já tem dois dividendos com data “com” marcada para 16 de abril, totalizando R$ 0,70 por ação, com pagamentos previstos para maio e junho. Além disso, a divulgação do balanço do 1º trimestre acontece em 12 de maio e, com base na política vigente, é esperado um novo anúncio de proventos na mesma data.
De acordo com projeções fundamentadas, se a companhia mantiver sua política de payout e a geração de caixa atual, o dividendo projetado para 2025 pode chegar a R$ 4,19 por ação, o que representa um dividend yield de aproximadamente 12%, com margem de segurança superior a 100%.
Banco do Brasil surpreende com previsibilidade e rentabilidade
Enquanto Petrobras se beneficia da oscilação do petróleo e da exposição ao câmbio, o Banco do Brasil impressiona pela estabilidade e crescimento consistente. Mesmo com um ambiente de juros altos e aumento da inadimplência, o banco se adaptou bem, apresentando retorno sobre patrimônio (ROE) estimado de 21% para 2025, muito acima de concorrentes como Bradesco.
Segundo o banco Safra, a estrutura de funding do BB é bastante sólida, permitindo margens mais elevadas mesmo em ciclos de aperto monetário. O banco registrou lucro líquido ajustado de quase R$ 38 bilhões em 2024 e projeta entre R$ 37 a R$ 41 bilhões para 2025.
Proventos frequentes e duplo anúncio em maio
Uma das grandes vantagens para os acionistas do BB é a previsibilidade. O banco já divulgou um calendário robusto de proventos para 2025, com oito fluxos de pagamentos previstos. Em maio, por exemplo, serão dois anúncios: um no dia 12/05, após o resultado trimestral, e outro no dia 21/05, como antecipação referente ao segundo trimestre — ambos com pagamento agendado para 12/06.
A projeção de dividendos para 2025, considerando lucro de R$ 40 bilhões e payout de 45%, chega a R$ 3,14 por ação, com dividend yield estimado de 11,2% e margem de segurança próxima de 87%.
Valuation atrativo e oportunidade de entrada
Apesar do desempenho positivo em 2024, as ações do BB continuam com múltiplos atrativos. Cotado atualmente abaixo de R$ 28, o papel ainda é considerado barato frente aos fundamentos. O mesmo vale para a Petrobras, que opera com desconto em relação a pares internacionais e até mesmo sua média histórica.
Para investidores focados em renda passiva, essas duas estatais oferecem não apenas retorno elevado via dividendos, mas também potencial de valorização caso os fundamentos se mantenham e o cenário externo (como preço do petróleo e inflação) colabore.
O post Petrobras e Banco do Brasil disparam no ranking de dividendos: veja projeções para 2025 apareceu primeiro em O Petróleo.