Você já se perguntou por que pessoas com nome sujo conseguem cartões de crédito com limites generosos, enquanto outras, com renda fixa e nome limpo, são negadas? A resposta está longe de ser óbvia, mas envolve um fator decisivo: relacionamento bancário. Nesta matéria, revelamos três segredos pouco falados — mas muito utilizados — que explicam por que isso acontece e como você também pode ter acesso a crédito, mesmo com o CPF negativado.
1. O poder do relacionamento: seu passado bancário vale ouro
Um dos principais fatores que os bancos analisam ao conceder crédito é o histórico de relacionamento com a instituição. Muitas vezes, pessoas hoje negativadas já foram clientes “premium” no passado, com seguros contratados, investimentos realizados ou produtos ativos como contas, financiamentos e cartões.
“Já vi cliente negativado com limite de R$ 16 mil no Banco Inter e R$ 15 mil no Nubank simplesmente porque anos atrás tinha seguro de carro e bom histórico de pagamentos”, relatou um consultor especializado.
Mesmo que a pessoa esteja inadimplente hoje, seu passado com o banco pode falar mais alto do que sua situação atual. É como se o banco dissesse: “Esse cliente já confiou em nós, podemos confiar de novo.”
2. Movimentação financeira conta mais que salário fixo
Outro segredo importante: renda formal não é tudo. Pessoas que recebem valores variáveis — mesmo informais — mas que movimentam dinheiro com frequência, são vistas com bons olhos pelo sistema de análise de crédito. Ter contas de água, luz e telefone no próprio nome também reforça o perfil de “bom pagador”, mesmo com restrições no CPF.
Além disso, os bancos avaliam comportamentos financeiros invisíveis ao consumidor: frequência de uso do cartão, pagamentos em débito automático, valores médios gastos, entre outros.
3. Produtos contratados fazem a diferença
Contratar seguros, consórcios, investimentos e outros produtos bancários pode abrir portas para limites altos — mesmo se o nome estiver sujo. Isso acontece porque o banco vê o cliente como engajado e confiável, alguém disposto a manter relacionamento de longo prazo com a instituição.
É o caso de clientes que, ao renovarem ou adquirirem um seguro automotivo, receberam um cartão de crédito com limite de até R$ 8 mil, mesmo sem renda comprovada.
“Se a pessoa contratou um seguro há anos, chegou à classe de bônus 10 e manteve o histórico limpo com a seguradora, isso pesa muito a favor na hora da análise”, explica um gerente de banco.
Por que quem tem nome limpo às vezes é reprovado?
O sistema de crédito no Brasil não é apenas uma questão de CPF limpo ou sujo. A pontuação de score, o histórico de relacionamento e os produtos contratados muitas vezes superam uma simples renda formal alta.
Há casos de pessoas com renda mensal de R$ 15 mil, com tudo declarado, que foram reprovadas, enquanto outra com nome sujo e renda de R$ 600 mensais conseguiu aprovação com limite de R$ 5 mil. O motivo? O primeiro não tinha histórico bancário ativo, enquanto o segundo já foi cliente antigo, fez seguros, e mantinha movimentação no nome.
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