Com mais de 1,2 milhão de cotistas, o MXRF11 consolidou-se como o fundo imobiliário mais popular do Brasil. Mas será que a fama corresponde ao desempenho? Neste comparativo completo, analisamos o MXRF11 ao lado de dois concorrentes de peso: KNSC11 e VGIR11. A proposta é clara — apresentar dados objetivos sobre rentabilidade, gestão, riscos e potencial de valorização para te ajudar a decidir qual fundo imobiliário faz mais sentido para investir agora.
Por que o MXRF11 atrai tantos investidores?
O Maxi Renda (MXRF11) se destaca como um dos primeiros FIIs de papel listados na B3 e ganhou grande tração ao adotar um valor de cota próximo de R$ 10 — mais acessível a investidores iniciantes. Hoje, acumula um patrimônio líquido superior a R$ 4 bilhões e é negociado na faixa de R$ 9,12, com um P/VPA de 0,99, bem próximo do valor patrimonial.
Nos últimos 12 meses, o fundo distribuiu 12,67% em dividendos isentos de IR, o que o coloca entre os mais atrativos em termos de renda passiva. Apesar disso, teve uma leve desvalorização de 2,68% no período, reflexo da migração de investidores para a renda fixa, incentivada pelos juros elevados.
Pontos fortes:
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Alta liquidez e base de cotistas robusta
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Dividendos consistentes e isentos de IR
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Exposição majoritária em CRIs indexados à inflação e CDI
Pontos de atenção:
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Perto do valor justo, com pouco espaço para ganho de capital
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Concorrência acirrada com fundos de gestão mais ativa
KNSC11: gestão de elite e performance sólida
O KNSC11, gerido pela renomada Kinea, é considerado por muitos especialistas como um dos fundos de papel mais confiáveis do mercado. Com quase 200 mil cotistas e um PL de R$ 1,76 bilhão, o fundo negocia por volta de R$ 8,63, com um P/VPA próximo de 1.
Nos últimos 12 meses, entregou 12,31% em dividendos e valorizou 5,51% — um desempenho superior ao MXRF11 no mesmo período. A Kinea se destaca por uma abordagem conservadora e eficiente na concessão de crédito, fator essencial para quem busca estabilidade de renda no longo prazo.
Vantagens:
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Histórico de boa gestão e baixa inadimplência
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Rentabilidade sólida mesmo em cenário de alta dos juros
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Potencial de valorização com a retomada da economia
VGIR11: maior agressividade, maior retorno?
Já o VGIR11 surge como a opção mais agressiva entre os três. Gerido pela Vectis, esse FII de papel conta com 249 mil cotistas, PL de R$ 1,4 bilhão e cota negociada a R$ 9,48, com P/VPA de 0,7 — indicando um forte desconto em relação ao seu valor patrimonial.
Nos últimos 12 meses, entregou impressionantes 13,39% em dividendos e valorizou 9,85%. Ao considerar os últimos 5 anos, o retorno total foi de 107,8%, contra 54,9% do MXRF11 e 48,7% do KNSC11, sempre com isenção de imposto de renda.
Destaques:
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Maior retorno total entre os três fundos
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Cota com maior desconto (P/VPA de 0,7)
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Dividendo médio de 15,07% nos últimos 5 anos
Riscos:
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Gestão mais agressiva pode aumentar exposição a inadimplência
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Menor previsibilidade em momentos de stress de mercado
Comparativo direto: qual fundo se destaca?
Indicador | MXRF11 | KNSC11 | VGIR11 |
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Cotistas | 1,27 milhão | 197 mil | 249 mil |
Patrimônio líquido | R$ 4 bi | R$ 1,76 bi | R$ 1,4 bi |
Cotação atual | R$ 9,12 | R$ 8,63 | R$ 9,48 |
Dividendos 12 meses | 12,67% | 12,31% | 13,39% |
Dividendos médios (5 anos) | 14,35% | 13,95% | 15,07% |
Valorização (12 meses) | -2,68% | 5,51% | 9,85% |
Valorização (5 anos c/ reinvest.) | 54,95% | 48,7% | 107,8% |
P/VPA | 0,99 | 0,98 | 0,70 |
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