O mercado financeiro brasileiro teve um dia de otimismo impulsionado pelos dados do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) abaixo das expectativas e pela nova pesquisa Datafolha. A Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) fechou em alta, refletindo um ambiente externo favorável e expectativas mais otimistas em relação à política monetária brasileira.
IBC-Br reflete desaceleração da economia
O IBC-Br, considerado uma prévia do PIB, veio abaixo do esperado, sugerindo um esfriamento da economia. Esse dado reforça a tese de que o Banco Central poderá manter uma postura mais dócil na condução da política monetária, podendo reduzir a Selic em um ritmo mais acelerado no futuro. A expectativa de juros menores impulsionou setores que vinham sofrendo com os custos elevados de capital, como varejo e construção civil.
Pesquisa Datafolha e impacto no mercado
A divulgação da pesquisa Datafolha também movimentou os mercados. Os dados mostraram um aumento na rejeição ao governo e um crescimento na intenção de votos para a oposição, o que foi bem recebido pelos investidores. O mercado tradicionalmente reage positivamente às expectativas de mudanças na condução econômica.
Dólar em queda e juros futuros recuando
Outro fator que ajudou na valorização da bolsa foi o recuo do dólar. Com o mercado global mais propenso ao risco e o real se beneficiando de um ambiente de maior apetite por ativos emergentes, o dólar operou em baixa. Paralelamente, os juros futuros também caíram, refletindo uma menor percepção de risco e a possibilidade de cortes na Selic.
Setores em destaque
Setores que tradicionalmente se beneficiam de juros mais baixos foram os grandes destaques do pregão:
- Varejo: Empresas como Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) registraram altas expressivas.
- Construção civil: Setor impulsionado pela expectativa de menor custo de financiamento.
- Energia e saneamento: Empresas defensivas como Auren (AURE3) também apresentaram boas performances devido à perspectiva de juros mais baixos.
Perspectivas para os próximos dias
O mercado agora aguarda novos desdobramentos em relação à política monetária e fiscal do governo. Além disso, a expectativa por novos dados econômicos e pela postura do Banco Central será crucial para definir a direção dos ativos brasileiros.
Com um ambiente externo mais favorável e sinais de desaceleração da economia, a tendência é de que os juros continuem em queda, beneficiando os ativos de risco no Brasil. No entanto, os riscos fiscais e políticos seguem no radar dos investidores.
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