Mercado financeiro global em alerta: projeções para dólar, Selic, inflação e impacto do Bitcoin com Trump

O mercado financeiro mundial tem atravessado um período de alta volatilidade, impulsionado por diversos fatores macroeconômicos e políticos. O desempenho das bolsas internacionais, oscilações no preço do petróleo e commodities, a trajetória da inflação e as projeções para os juros nos Estados Unidos e no Brasil são alguns dos elementos que estão influenciando diretamente os investidores.

No episódio mais recente do “Top Five” da XP Investimentos, especialistas analisaram os impactos da política monetária norte-americana, as perspectivas para a economia brasileira e o efeito das declarações do ex-presidente Donald Trump sobre o Bitcoin. Neste artigo, abordamos os principais pontos dessa discussão e seus desdobramentos.

Bitcoin e Trump: um jogo de expectativas no mercado

A recente declaração de Donald Trump sobre a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin gerou grande movimentação no mercado de criptomoedas. No entanto, a informação de que essa reserva será composta por ativos apreendidos pelo governo norte-americano, em vez de novas compras, frustrou parte dos investidores.

Após o anúncio, o Bitcoin chegou a subir mais de 20%, mas a euforia foi dissipada quando o mercado compreendeu que não haveria novas aquisições pelo governo, apenas uma realocação de ativos já existentes. No acumulado desde outubro de 2024, a criptomoeda ainda registra uma alta superior a 40%, o que indica que as expectativas em torno de uma possível política de Trump favorável aos ativos digitais seguem firmes.

Projeções para dólar, Selic e inflação

De acordo com a XP Investimentos, a economia brasileira passa por um período de acomodação, após um crescimento robusto de 3,4% em 2024. A expectativa para 2025 é de um crescimento mais modesto, em torno de 2%.

Entre os principais indicadores monitorados pelos investidores estão:

  • Dólar: O real tem enfrentado pressão devido às incertezas globais, mas o fluxo de capital estrangeiro para o Brasil tem mantido o dólar abaixo da barreira psicológica de R$ 5,00.
  • Selic: A taxa básica de juros está projetada para encerrar o ano em 9%, com possíveis cortes adicionais caso a inflação mostre sinais mais concretos de desaceleração.
  • Inflação: O IPCA segue sob controle, mas a pressão sobre os preços dos combustíveis e alimentos ainda preocupa. O governo tem lançado medidas para conter impactos inflacionários e estimular o consumo.

A combinação desses fatores pode criar um ambiente mais favorável para ativos de risco no Brasil, beneficiando a Bolsa de Valores e setores mais dependentes do crédito, como varejo e construção civil.

Cenário internacional: Estados Unidos e China no radar

O desempenho da economia americana continua sendo um fator crucial para os mercados globais. Dados recentes apontam uma desaceleração no crescimento, mas ainda assim, os números do mercado de trabalho seguem robustos, o que levanta dúvidas sobre a necessidade de cortes de juros pelo Federal Reserve.

Enquanto isso, na China, os esforços do governo para estimular a economia começam a surtir efeito. Empresas como Alibaba e JD.com apresentaram resultados positivos, impulsionadas por pacotes de estímulo e recompra de ações.

A Europa, por sua vez, enfrenta desafios adicionais, com uma Alemanha fragilizada por exportações em queda e uma nova rodada de investimentos em defesa devido às incertezas geopolíticas.

Um mercado de oportunidades e desafios

O momento é de cautela, mas também de oportunidades. A volatilidade do mercado, impulsionada pelas incertezas internacionais e pelas decisões de política econômica no Brasil e nos EUA, cria um ambiente propício para rebalanceamento de carteiras e identificação de ativos subvalorizados.

Para os investidores, a chave será monitorar atentamente os próximos passos do Federal Reserve, a evolução do cenário inflacionário brasileiro e os desdobramentos políticos internacionais, que podem influenciar decisivamente os mercados nos próximos meses.

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