Méliuz dispara após compra de Bitcoin e Ibovespa fecha em alta

A Méliuz (CASH3) foi o grande destaque do pregão desta quinta-feira (6), com uma alta expressiva de 19,09%. O movimento ocorreu após a empresa anunciar a compra de 45,7 Bitcoins (BTC), equivalente a US$ 4,1 milhões, como parte de sua estratégia de tesouraria. A decisão remete à estratégia adotada pela MicroStrategy, que obteve grande valorização ao investir em criptoativos.

O Ibovespa também teve um dia positivo, fechando com alta de 0,30%, mesmo em meio às incertezas no mercado internacional. O Banco Central Europeu (BCE) reduziu sua taxa de juros em 25 pontos-base, levando a discussões sobre o futuro da política monetária global. Nos Estados Unidos, as tarifas de Donald Trump sobre produtos estrangeiros seguem no radar dos investidores.

Méliuz aposta em Bitcoin e mercado reage positivamente

A estratégia da Méliuz foi bem recebida pelo mercado, apesar dos riscos inerentes. A empresa ressaltou que o investimento representa cerca de 10% de seu caixa total, garantindo que sua liquidez não será comprometida. O chairman da companhia destacou que o Bitcoin pode ser um ativo de proteção contra inflação e desvalorização da moeda fiduciária.

No histórico recente, a MicroStrategy também adotou uma postura agressiva na aquisição de Bitcoin, o que valorizou suas ações e fortaleceu sua posição de mercado. Com a Méliuz seguindo esse caminho, investidores estão de olho nos desdobramentos desse movimento.

Ibovespa sobe impulsionado por mercados globais

Apesar da volatilidade do dia, o Ibovespa conseguiu encerrar no positivo. A decisão do BCE de reduzir juros para 2,5% gerou expectativas sobre uma possível flexibilização da política monetária nos EUA. No Brasil, a expectativa para o PIB do quarto trimestre de 2024, previsto para crescer 0,4%, também contribuiu para o humor do mercado.

Entre os destaques positivos do dia, além da Méliuz, a Natura (NTCO3) subiu 5,3% após um relatório destacar o potencial de crescimento da empresa. Por outro lado, Magazine Luiza (MGLU3) caiu 1,37% após ter sua recomendação rebaixada pelo JP Morgan.

Tarifas de Trump e efeitos no cenário global

Nos EUA, o mercado continua reagindo às propostas do ex-presidente Donald Trump de aumentar tarifas sobre produtos estrangeiros. Caso implementadas, essas tarifas podem gerar inflação nos custos de produção, impactando os preços ao consumidor e forçando o Federal Reserve a manter uma postura mais agressiva nos juros.

A guerra comercial pode gerar efeitos colaterais na economia global, incluindo uma redução no crescimento e aumento da volatilidade no mercado de commodities. Com a Europa reduzindo juros e os EUA em um cenário incerto, os próximos meses serão decisivos para os mercados financeiros.

Expectativas para os próximos dias

Os investidores agora voltam suas atenções para dados cruciais, como o Payroll dos EUA, que será divulgado nesta sexta-feira (7). O mercado espera a criação de 160 mil empregos, mas uma surpresa negativa pode elevar apostas de cortes de juros pelo Fed.

No Brasil, o desempenho do PIB também será acompanhado de perto, especialmente considerando que o Banco Central projeta uma SELIC de 9% ao fim de 2025. Se os dados confirmarem uma desaceleração econômica, pode haver espaço para cortes mais agressivos nos juros.

O mercado financeiro teve um dia movimentado, com a Méliuz chamando atenção ao apostar no Bitcoin e o Ibovespa conseguindo avançar em meio a incertezas globais. Com a agenda cheia para os próximos dias, os investidores seguem atentos às decisões econômicas e políticas que podem influenciar os mercados.

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