LCI e LCA: como funcionam, quanto rendem e quando vale a pena investir?

No universo dos investimentos, LCI e LCA vêm ganhando destaque entre os investidores que buscam segurança e previsibilidade. Mas o que exatamente significam essas siglas? Como esses investimentos funcionam, quanto rendem e quando realmente valem a pena?

A seguir, você vai entender como esses ativos de renda fixa operam, quais seus principais benefícios e cuidados que precisa ter antes de aplicar seu dinheiro.

O que são LCI e LCA?

Investimentos com nomes complicados, mas conceito simples

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são títulos emitidos por bancos com o objetivo de captar recursos para financiar o setor imobiliário e o agronegócio, respectivamente. Quando você investe em uma LCI ou LCA, está emprestando dinheiro ao banco, que usará esse capital para oferecer crédito a construtoras, produtores rurais ou pessoas físicas que desejam financiar imóveis, por exemplo.

O retorno vem em forma de juros — ou seja, você recebe uma remuneração pelo dinheiro emprestado, sem se expor diretamente à volatilidade do mercado, como acontece em ações.

Por que LCI e LCA são considerados seguros?

Esses títulos fazem parte da categoria de renda fixa, o que significa que seu comportamento é mais estável e previsível. Além disso, contam com cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para valores de até R$ 250 mil por CPF e instituição financeira. Em outras palavras, mesmo que o banco quebre, você ainda estará protegido — desde que respeite esse limite.

Outro ponto positivo é que LCI e LCA são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas, diferentemente de outros produtos como o CDB, o que torna sua rentabilidade líquida bastante atrativa.

Como funciona o rendimento de LCI e LCA?

Indexados ao CDI e com isenção de IR

A rentabilidade desses ativos costuma ser atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que atualmente está em torno de 10,40% ao ano (valor aproximado em 2025). Isso significa que se uma LCI estiver oferecendo 95% do CDI, você terá um retorno anual de aproximadamente 9,88%.

Em muitos casos, mesmo que o percentual do CDI pareça mais baixo do que um CDB, o fato de não haver desconto de imposto faz com que, na prática, o rendimento final seja maior ou equivalente.

Pré ou pós-fixados

Esses investimentos podem ter rendimento pré-fixado, em que a taxa é acordada no momento da aplicação (por exemplo, 11% ao ano), ou pós-fixado, acompanhando o CDI. Fique atento: pós-fixados variam conforme a economia — se o CDI cair, seu rendimento cairá junto.

Exemplo prático: como o banco lucra e como você recebe

Imagine que você aplica R$ 10.000 em uma LCI de um banco X. Esse banco usa seu dinheiro para financiar um imóvel de outro cliente, cobrando juros maiores do que os que ele vai te pagar.

Se o banco cobra 1,5% ao mês no financiamento e te paga 0,8% ao mês no investimento, ele lucra com a diferença (spread bancário). Você, por sua vez, recebe seus rendimentos sem preocupações — desde que respeite o prazo mínimo do investimento.

Liquidez: o ponto de atenção em LCI e LCA

Dinheiro “preso” por pelo menos 9 meses

Ao contrário de alguns CDBs que oferecem liquidez diária, o investimento em LCI e LCA exige um prazo mínimo de carência, atualmente fixado em 9 meses.

Algumas aplicações têm vencimentos ainda mais longos, como 2, 3 ou até 4 anos. E vale lembrar: carência não é o mesmo que vencimento. Em alguns casos, você pode resgatar após 9 meses, mas o título continuará rendendo até o vencimento final.

Por isso, não use LCI ou LCA como reserva de emergência. Emergências exigem liquidez imediata. Deixar esse dinheiro “preso” pode gerar grandes problemas em momentos de necessidade.

CDB x LCI e LCA: qual vale mais a pena?

Essa é uma dúvida comum. Apesar de muitos CDBs renderem até 110% do CDI, eles sofrem incidência de imposto de renda regressivo, que pode corroer parte do rendimento final, especialmente em prazos curtos.

Já a LCI ou LCA, mesmo rendendo 95% do CDI, pode ser mais vantajosa por não ter IR.

📌 Dica prática: use simuladores gratuitos como o Clube dos Poupadores para comparar cenários e entender qual aplicação oferece o melhor retorno líquido para seu perfil.

Quando investir em LCI ou LCA?

Esses investimentos são ideais para objetivos de médio e longo prazo, como:

  • Juntar dinheiro para comprar um carro em 1 ano
  • Economizar para a entrada de um imóvel
  • Planejar uma viagem internacional
  • Diversificar a carteira fora da reserva de emergência

Evite investir todo o seu capital em LCI ou LCA. O ideal é diversificar e sempre ter uma reserva de emergência em produtos com alta liquidez.

Riscos: o que você precisa observar antes de investir

  • Risco de crédito do banco emissor: bancos pequenos tendem a oferecer rentabilidades maiores, mas com maior risco de quebra.
  • Liquidez: não dá para resgatar antes do prazo, e muitas vezes a liquidez é apenas no vencimento.
  • Rentabilidade x prazo: quanto maior o prazo de aplicação, maior tende a ser o retorno.

Sempre verifique:

✅ Rendimento (% do CDI ou taxa fixa)
✅ Liquidez (quando você poderá resgatar)
✅ Data de vencimento
✅ Cobertura do FGC

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