O KNCR11, fundo imobiliário gerido pela Kinea, se consolidou como o maior FII de papel da Bolsa brasileira. Com impressionantes R$ 7,8 bilhões em patrimônio líquido e mais de 408 mil cotistas, o fundo atrai olhares não apenas pelo tamanho, mas também pela alta liquidez diária, solidez das operações e pelo potencial de crescimento nos rendimentos, especialmente em um cenário de alta da Selic.
Por que o KNCR11 chama tanta atenção?
Diferente de outros fundos com grandes patrimônios, como o CANIP11 — voltado apenas para investidores qualificados —, o KNCR11 é acessível a qualquer investidor da Bolsa. Isso o torna um dos fundos mais democráticos e líquidos do mercado.
O valor patrimonial por cota está em R$ 101,62, com cotação de mercado atualmente em torno de R$ 111,50. Isso mostra um pequeno ágio, reflexo da confiança dos investidores e da boa performance do fundo.
Taxa atrativa e potencial de aumento nos rendimentos
O grande diferencial do KNCR11 está em sua taxa média de retorno: CDI + 2,27%. Em um momento em que o mercado projeta a alta da Selic — e, por consequência, do CDI — o fundo tende a elevar suas distribuições mensais, que atualmente giram em torno de R$ 1,17 por cota, ou 125% do CDI.
Isso se reflete em um dividend yield anualizado que pode ultrapassar 13%, dependendo do cenário de juros. Caso o CDI atinja, por exemplo, 14,25%, a rentabilidade do fundo poderá alcançar 16,5% ao ano, um patamar extremamente atrativo com baixo risco.
Estrutura de alocação: segurança em primeiro lugar
A carteira do KNCR11 está 96% alocada em CRIs indexados ao CDI, o que reduz a volatilidade e aumenta a previsibilidade dos rendimentos. Apenas uma pequena fração do portfólio está atrelada à inflação (cerca de 0,3%).
Além disso, o fundo possui operações estruturadas com devedores de alta qualidade, como shoppings centers, lajes corporativas e galpões logísticos. Entre os principais nomes, estão fundos imobiliários como:
- HSML11 (Shopping Uberaba)
- XPML11 (Shopping Iguatemi Fortaleza)
- VGIR11 (Lajes corporativas)
- JSR11 (Torre Rochaverá)
- HGLG11 (Galpão logístico CDK Jam)
- VINO11 (Edifício Haddock)
- HGRU11, HGRE11, VISK11, entre outros
Essa diversificação garante garantias sólidas e maior resiliência em momentos de estresse de mercado.
Operações com outros fundos: uma camada extra de segurança
Um dos pontos fortes do KNCR11 é que boa parte de suas operações tem como devedores outros fundos imobiliários. Essa estratégia traz vantagens:
- Fundos costumam ser mais transparentes, com relatórios mensais e pressão dos cotistas.
- Têm garantias reais em seus ativos (imóveis), o que reduz o risco de calote.
- Maior visibilidade da saúde financeira dos devedores.
Ou seja, a gestão do fundo aposta em crédito estruturado com risco mais controlado, evitando grandes surpresas negativas.
Compromissadas e o risco da alavancagem
O fundo mantém um pequeno nível de alavancagem via compromissadas, atualmente em cerca de 2%. Essas operações são usadas para aumentar a rentabilidade, mas exigem atenção.
Como o custo das compromissadas está atrelado ao CDI, enquanto parte da carteira pode estar vinculada à inflação, existe o risco de mismatch de indexadores. Em um cenário de CDI muito alto e IPCA baixo, o fundo pode incorrer em prejuízo com essas operações.
Por isso, apesar de baixo, o nível de alavancagem é um ponto de monitoramento constante.
Liquidez monstruosa e reservas para manter estabilidade
A liquidez diária do KNCR11 é um de seus maiores trunfos. Cotistas conseguem entrar e sair do fundo com facilidade, sem grandes variações de preço.
Além disso, o fundo possui atualmente R$ 0,09 por cota em reservas, o que pode amortecer eventual oscilação nos rendimentos ou permitir manutenções mais estáveis das distribuições em momentos de queda de juros.
Composição setorial e qualidade dos ativos
O portfólio do KNCR11 é composto majoritariamente por operações em:
- Escritórios corporativos: 49%
- Shoppings centers: 21%
- Logística: participação relevante
- Residencial: pequena fatia
Esses segmentos são considerados de menor risco, por geralmente estarem associados a devedores com maior capacidade financeira. Operações com edifícios corporativos e centros comerciais de alto padrão tendem a gerar garantias mais robustas, o que protege o fundo contra inadimplência.
Expectativas com a reunião do Copom
O mercado aguarda com expectativa a próxima reunião do Copom, que pode manter ou até elevar a Selic frente à resistência da inflação e à busca por equilíbrio fiscal.
Se confirmada a alta, o CDI sobe junto e, com isso, o KNCR11 deve ampliar ainda mais seus rendimentos, beneficiando os cotistas com uma renda mensal crescente e atrativa.
O KNCR11 é hoje o maior fundo de papel do país, com um portfólio robusto, diversificado, seguro e com grande liquidez. A combinação de alta exposição ao CDI com gestão eficiente da Kinea faz dele um dos FIIs mais interessantes para quem busca renda passiva com baixo risco.
Com a expectativa de manutenção ou alta dos juros, o fundo tem tudo para continuar distribuindo rendimentos elevados nos próximos meses. Ideal tanto para iniciantes quanto para investidores mais experientes.
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