Kepler Weber (KEPL3) anuncia dividendos de R$ 0,40 por ação e reforça potencial de crescimento no agronegócio

A Kepler Weber (KEPL3), referência em soluções para armazenagem de grãos, anunciou na noite de 31 de março o pagamento de dividendos no valor total de R$ 0,40 por ação. O pagamento será realizado em parcela única no próximo dia 16 de abril para os acionistas posicionados até o final do pregão do dia 31.

Com esse anúncio, a empresa reforça seu compromisso com a geração de valor para o investidor, mesmo enfrentando um cenário desafiador no mercado de capitais.

Detalhes do pagamento de dividendos

O valor total distribuído será de quase R$ 70 milhões, sendo:

  • R$ 0,10 por ação referentes aos dividendos obrigatórios (lucro mínimo legal)

  • R$ 0,29 por ação como dividendos adicionais, ligados ao encerramento do exercício de 2024

Por não se tratar de JCP (Juros sobre Capital Próprio), o montante será pago integralmente, sem desconto de Imposto de Renda.

Data de corte (data com): 31 de março de 2025
Data de pagamento: 16 de abril de 2025

Cotação em queda aumenta o dividend yield

As ações da Kepler Weber têm apresentado forte correção nos últimos meses. Após atingirem a região dos R$ 54 em novembro de 2024, os papéis recuaram para R$ 33 em março de 2025. Essa queda acentuada acabou elevando o dividend yield (DY), que atualmente gira em torno de 10% ao ano.

A combinação de dividendos recorrentes e queda na cotação pode representar uma oportunidade de entrada para investidores com foco em renda e valorização no longo prazo.

Modelo de negócios: base sólida no agro

A Kepler Weber atua em um nicho essencial para o agronegócio brasileiro: a armazenagem de grãos. Seus produtos incluem silos metálicos, sistemas de secagem, movimentação e controle automatizado de grãos, além de serviços de manutenção e reposição.

Geração de receita por segmento:

  • Fazendas: 31%

  • Indústrias do agronegócio: 29%

  • Reposição e serviços: 21%

  • Negócios internacionais: 17%

  • Terminais: 3%

O Brasil representa 81% da receita total da companhia, seguido por participações menores na América do Sul, América Central, Ásia e África.

Contexto estratégico: déficit de armazenagem no Brasil

Um dos grandes gargalos da agroindústria nacional é a falta de estrutura para armazenar a produção agrícola, o que frequentemente leva à perda de grãos e pressiona os preços.

A Kepler está bem posicionada para atender essa demanda reprimida, com tecnologias e soluções que visam eficiência logística e maior rentabilidade aos produtores.

Mesmo com a economia agrícola enfrentando oscilações, a tese de investimento na empresa se mantém atrativa pelo seu papel estruturante no setor.

Indicadores fundamentais: valuation atrativo

A análise dos múltiplos da Kepler revela um valuation abaixo da média histórica:

  • Preço/Lucro (P/L): 6,9x – um dos menores desde 2022

  • Preço/Valor Patrimonial (P/VPA): 1,8x – abaixo da média histórica de 1,9x

  • Margem líquida: 12% – acima da média setorial de 7%, embora já tenha alcançado 21% no passado

Esses indicadores sugerem que, apesar das quedas na cotação, a empresa ainda mantém boa rentabilidade e fundamentos sólidos.

Por que a Kepler segue relevante para o investidor?

Além do pagamento robusto de dividendos e dos múltiplos descontados, a Kepler Weber reúne outros atrativos para quem pensa no longo prazo:

  • Presença consolidada no agronegócio, setor que responde por mais de 20% do PIB nacional

  • Baixo endividamento e geração consistente de caixa

  • Potencial de expansão internacional, ainda pouco explorado

  • Baixo risco regulatório, com foco em infraestrutura e inovação no campo

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