JHSF dispara após anunciar dividendos mensais e lucro bilionário: ação está barata?

A JHSF Participações (JHSF3) reacendeu o interesse dos investidores ao anunciar a continuidade do pagamento de dividendos mensais em 2025, marcando o terceiro ano consecutivo da prática. Somado a isso, o resultado do quarto trimestre de 2024 veio acima das expectativas, com lucro líquido de R$ 862 milhões, um crescimento expressivo de 73% em relação ao ano anterior.

Com ações negociadas próximas a R$ 4,30 e um desconto de cerca de 50% em relação ao valor patrimonial, o mercado começa a questionar: a JHSF está barata demais para ser ignorada?

Renda recorrente dispara e reduz dependência da incorporação

Crescimento sustentável na base operacional

O que mais chamou atenção nos resultados foi o avanço da receita recorrente, vinda de aluguéis, shopping centers e empreendimentos como o Aeroporto Catarina. Desde 2020, a JHSF vem priorizando ativos geradores de fluxo de caixa contínuo, e os frutos começam a aparecer:

  • Receita bruta saltou de R$ 275 milhões para R$ 1,1 bilhão em quatro anos.

  • Renda recorrente já representa mais de 50% do lucro consolidado da empresa.

  • Geração de caixa ajustada passou de R$ 46 milhões para R$ 495 milhões — alta de quase 1.000%.

Essa estratégia reduz a dependência do segmento de incorporação imobiliária, historicamente mais volátil.

Rentabilidade atrativa e dividendos consistentes

A JHSF entregou dividendos médios de 6% ao ano desde 2019, e a projeção para 2025 é de 37 centavos por ação — distribuídos mensalmente. A próxima data-com é em 3 de abril, com pagamento previsto para 9 de abril.

Com um P/L de 3,5, ou seja, o investidor recupera o valor investido em pouco mais de três anos apenas com os lucros da empresa, a ação se mostra altamente atrativa para quem busca renda passiva e potencial de valorização.

Dívida sob controle e alavancagem inteligente

A dívida da JHSF também merece destaque positivo. Com prazos alongados e custo médio baixo, a empresa se preparou bem para o cenário de juros elevados:

  • Custo de financiamento: CDI + 0,59%, abaixo da média do setor.

  • Duração da dívida: 6 anos, com cronograma de pagamentos equilibrado até 2028.

Com a perspectiva de queda na taxa Selic, a empresa tende a se beneficiar com redução no custo da dívida, o que impacta positivamente no lucro líquido e na valorização das ações.

Valuation: está barato ou já valorizou?

Apesar da recente recuperação, com as ações subindo de R$ 3,50 para R$ 4,30, o desconto ainda é significativo:

  • Preço/Valor Patrimonial: 0,88x

  • Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE): 15%

  • Margem líquida: 54% — ou seja, a cada R$ 1 faturado, mais de R$ 0,50 viram lucro.

Segundo critérios clássicos como os de Benjamin Graham, o preço justo estimado gira em torno de R$ 6, o que aponta para um potencial de valorização de cerca de 40%.

Visão dos analistas: otimismo cauteloso

A XP Investimentos avaliou o resultado como “positivo e acima do esperado”, destacando a força da renda recorrente e o desempenho da JHSF Capital, que já soma R$ 2,5 bilhões sob custódia em apenas dois anos de operação.

Essa frente financeira pode se tornar uma nova fonte de crescimento relevante para a companhia nos próximos anos, especialmente se vier acompanhada de um ciclo de corte de juros.

Preço teto e estratégia de entrada

Com base nos fundamentos, indicadores e cenário macroeconômico, muitos investidores fixaram o preço teto da JHSF entre R$ 4,50 e R$ 5,00. A recente valorização não afasta novas entradas, mas o ideal é aguardar recuos pontuais, como toques na linha de suporte em R$ 4,00, para novas compras.

O ativo também faz parte de carteiras de dividendos otimizadas, como a do canal AMD, que acumula rentabilidade de 90% desde março de 2023, contra 22% do Ibovespa.

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