IFRA11 mantém estabilidade e atrai investidores em busca de renda previsível

O IFRA11, fundo de infraestrutura gerido pelo Itaú, apresentou em fevereiro um comportamento que já virou característica do fundo: estabilidade e previsibilidade. Com uma distribuição de R$ 1 por cota, o fundo reforça seu posicionamento como uma opção de investimento sem sustos, voltada para quem busca retorno constante acima dos títulos públicos equivalentes.

Apesar de um leve recuo nos dividendos em meses anteriores, o fundo não sofreu cortes bruscos como outros FI-INFRAs, como o JURU11 ou o CADIF11. Em fevereiro, o rendimento voltou ao patamar de R$ 1, sustentando o apelo do fundo junto a investidores conservadores.

Cotações e valor patrimonial: IFRA11 continua em leve desconto

No fechamento de fevereiro, a cota patrimonial do IFRA11 era de R$ 96,89, enquanto a cota de mercado girava em torno de R$ 93,50, mantendo um leve desconto em relação ao valor patrimonial. O fundo opera próximo ao valor justo, o que exige atenção redobrada do investidor quanto ao ponto de entrada.

Com cerca de 31 mil cotistas, o IFRA11 segue com base sólida e engajada, refletindo a confiança do mercado em sua gestão conservadora e na qualidade dos ativos que compõem o portfólio.

Carteira diversificada com foco em setores essenciais

A carteira do fundo permanece estável, com destaque para setores resilientes:

  • Saneamento – 23%

  • Transmissão de energia – 20%

  • Telecomunicações – 12%

Essa alocação revela a estratégia do fundo em concentrar recursos em áreas com menor risco de inadimplência e forte previsibilidade de receita.

Destaques de movimentações em fevereiro

O relatório gerencial de fevereiro mostra poucas movimentações, mas com decisões relevantes:

  • Venda integral da debênture da Rumo, gerando liquidez para o fundo.

  • Aquisição de debênture da Faro Energy (empresa do setor solar), no valor de R$ 22 milhões. A operação tem duration de 5,8 anos e rendimento de IPCA + 8,7%, com rating duplo A — reforçando a busca do IFRA11 por ativos seguros e com bom retorno.

Além disso, o spread médio da carteira está em 1,34% acima da NTNB equivalente, com duration média de 5,52 anos, o que confirma o perfil de retorno acima dos títulos públicos, com prazos semelhantes.

Análise: fundo sem emoções, mas com propósito

A proposta do IFRA11 é clara: entregar um retorno superior ao das NTN-Bs (Tesouro IPCA) com baixa volatilidade, por meio de ativos de infraestrutura incentivados e com qualidade de crédito elevada. Para quem busca emoção, esse fundo definitivamente não é o caminho — e isso é uma virtude.

A grande questão para o investidor é o preço de entrada. Avaliar somente o P/VP pode ser enganoso em fundos de infraestrutura. O ideal é considerar o spread em relação aos títulos públicos de mesma duration e o cenário macroeconômico, especialmente inflação e juros reais.

Vale a pena investir no IFRA11?

Para quem deseja previsibilidade, fluxo de renda recorrente e uma carteira sólida em setores essenciais, o IFRA11 continua sendo uma escolha atrativa. O fundo pode não brilhar nas manchetes ou protagonizar grandes saltos de cotação, mas cumpre com maestria o papel de tranquilidade na carteira.

Atenção: como todo investimento, a atratividade depende do preço de entrada. O investidor deve monitorar o spread e a cotação de mercado para encontrar o momento ideal de comprar com margem de segurança.

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