IFRA11 investe em aeroportos e rodovias: entenda como isso pode valorizar a cota

O IFRA11, fundo de infraestrutura gerido pelo Itaú Asset, tem mostrado grande movimentação nos últimos meses. Apesar de continuar negociado abaixo dos R$ 100, a gestão vem demonstrando agilidade e estratégia, o que reacende o interesse dos investidores. Recentemente, o fundo anunciou investimentos inéditos no setor aeroportuário e outros ativos de infraestrutura, reforçando sua posição no mercado de crédito privado.

Atualmente, o valor patrimonial (VP) do fundo está próximo de R$ 98, reflexo das oscilações do mercado, especialmente pela marcação a mercado. Mesmo assim, o fundo se mantém resiliente, sustentando uma carteira diversificada e com retorno consistente, mesmo sem grandes emoções no pagamento de dividendos.

Destaques do mês: O que mudou na carteira do IFRA11

Novos investimentos no setor de Aeroportos

Uma das movimentações mais relevantes do mês foi o investimento de R$ 28 milhões em debêntures da PRS Aeroportos, que administra o Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Ambos são aeroportos executivos estratégicos em suas respectivas regiões.

A operação foi estruturada com prazo de 15 anos, indexada ao IPCA + 9,58%, e apresenta um rating de crédito considerado sólido, o que reforça a atratividade do investimento para o fundo.

Expansão para comunicação e rodovias

Além dos aeroportos, o IFRA11 investiu:

  • Brasil Tower Company: R$ 28 milhões para construção de novas torres de comunicação, em uma emissão de 14 anos e taxa IPCA + 10,8%.

  • Vias do Café: R$ 60 milhões em uma concessão de rodovias no interior de Minas Gerais, com vencimento em 16 anos e taxa IPCA + 8,47%.

A diversificação entre setores estratégicos, como transporte e comunicação, demonstra a busca do fundo por rendimentos superiores ao mesmo tempo que mantém a segurança dos ativos.

Venda de ativos e realocação de capital

A gestão também aproveitou o mês para realizar lucro em algumas posições:

  • Equatorial Goiás: Venda parcial.

  • Brisanet: Redução da exposição.

  • FIDC Pirineus: Diminuição da participação nas cotas subordinadas.

Esses movimentos indicam uma gestão ativa, aproveitando as condições favoráveis do mercado de crédito, que em março apresentou um aumento de 25 bilhões de reais em novas ofertas.

Alavancagem: uma estratégia de oportunidade

Atualmente, o fundo possui cerca de 8% de alavancagem. Apesar de moderada, essa exposição permite que o IFRA11 maximize ganhos em momentos de valorização do mercado. Porém, é importante que os cotistas estejam atentos: caso o fundo passe a negociar consistentemente acima de R$ 100, não se pode descartar a possibilidade de uma nova emissão de cotas.

A alavancagem, quando bem administrada, é um dos diferenciais competitivos para FI-Infras que operam com ativos de crédito high-grade, como é o caso do IFRA11.

Panorama atual da carteira

A composição do portfólio continua bastante diversificada:

  • Maior posição individual: Aproximadamente 5,8% do patrimônio.

  • Setores predominantes: Energia, saneamento, transporte e geração de energia.

  • Classificação de crédito: Predominantemente alta (high-grade).

Essa diversificação reduz riscos específicos e garante maior estabilidade aos rendimentos mensais.

Liquidez em alta

Outro ponto positivo é o aumento na liquidez do IFRA11. O volume médio diário negociado se aproxima de R$ 1 milhão, consolidando o fundo como uma opção interessante para investidores que buscam renda passiva com segurança.

O IFRA11 mostra-se como uma alternativa sólida para quem deseja exposição a ativos de infraestrutura de alta qualidade, com boa diversificação e retorno real (acima da inflação).

Embora o fundo apresente distribuição de rendimentos moderada, o recente movimento de alocação em aeroportos e o aumento na diversificação da carteira abrem caminho para potenciais valorizações futuras.

Além disso, a gestão ativa e a habilidade em aproveitar boas oportunidades no mercado primário indicam que o IFRA11 pode continuar surpreendendo positivamente seus cotistas.

Para investidores que buscam um fundo de infraestrutura bem administrado, com perfil mais defensivo e foco em preservação de capital, o IFRA11 continua sendo uma escolha interessante.

O post IFRA11 investe em aeroportos e rodovias: entenda como isso pode valorizar a cota apareceu primeiro em O Petróleo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Review Your Cart
0
Add Coupon Code
Subtotal

 
Rolar para cima