O Ibovespa fechou em alta de 0,46% nesta terça-feira (25), encerrando o pregão aos 125.970 pontos. O movimento foi impulsionado principalmente pela prévia da inflação oficial, o IPCA-15, que veio abaixo das projeções do mercado, além de novos dados econômicos dos Estados Unidos e o anúncio de um contrato bilionário da Embraer.
O IPCA-15 da primeira quinzena de fevereiro registrou alta de 1,23%, abaixo do consenso de 1,36%. Esse resultado diminuiu a expectativa de pressões inflacionárias e reduziu a projeção de juros futuros, fator positivo para a Bolsa.
Segundo analistas, com a inflação mais controlada, o Banco Central pode ser mais agressivo no corte da taxa Selic, favorecendo empresas e estimulando investimentos no mercado de ações.
Indicadores americanos reforçam apostas em cortes de juros
Nos Estados Unidos, dados da Confiança do Consumidor indicaram um desaquecimento na economia, o que levou o mercado a aumentar as apostas de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar juros ainda este ano. A expectativa de juros mais baixos nos EUA fortalece ativos de risco, favorecendo também a Bolsa brasileira.
Além disso, houve uma melhora no apetite global por risco, o que ajudou a reduzir a cotação do dólar. A moeda americana chegou a tocar R$ 5,81 no início do dia, mas recuou ao longo da sessão e encerrou cotada a R$ 5,75, refletindo o alívio nas tensões do mercado internacional.
Embraer fecha contrato bilionário e impulsiona ações
Outro destaque positivo do dia foi a Embraer (EMBR3), que viu suas ações subirem após anunciar um novo contrato com a companhia aérea japonesa ANA (All Nippon Airways). O acordo envolve a venda de 20 aeronaves, fortalecendo a carteira de pedidos da empresa brasileira e reforçando sua presença no mercado asiático.
Os papéis da Embraer reagiram positivamente, fechando o pregão com alta expressiva, refletindo o otimismo do mercado em relação à demanda por aeronaves regionais e ao crescimento da empresa.
Petrobras e Vale limitam ganhos do Ibovespa
Apesar dos fatores positivos, as ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3) tiveram quedas no dia, impedindo uma valorização ainda maior do índice. Os recuos foram impulsionados pela desvalorização do petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais.
Os preços do barril de petróleo caíram devido ao aumento nos estoques dos Estados Unidos, enquanto o minério de ferro enfrentou ajustes após semanas de forte valorização. Como essas duas empresas têm peso significativo no Ibovespa, suas baixas limitaram o desempenho geral do índice.
Perspectivas para os próximos dias
O mercado segue atento às próximas divulgações econômicas e à política monetária no Brasil e nos EUA. Os investidores aguardam as decisões do Banco Central sobre a Selic e as falas do Federal Reserve, que podem impactar o comportamento da Bolsa.
Caso a inflação continue sob controle e as expectativas de corte de juros se consolidem, o Ibovespa pode ganhar ainda mais fôlego nas próximas sessões, especialmente com o otimismo vindo do cenário externo.
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