Ibovespa dispara com aumento da reprovação de Lula e onda de recompra de ações

O índice Ibovespa fechou a última sexta-feira (16) em forte alta de 2,7%, encerrando a sessão na região dos 128 mil pontos. A alta expressiva aconteceu em meio ao aumento da reprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo recentes pesquisas de opinião, e ao crescente movimento de recompra de ações por grandes empresas listadas na B3.

Mercado reagem às pesquisas políticas

Os dados mais recentes da pesquisa Datafolha apontam um aumento significativo na reprovação do governo Lula, inclusive entre eleitores que historicamente apoiavam o petista. Esse cenário acendeu um sinal positivo para os investidores, que passaram a especular sobre a possibilidade de uma mudança de governo em 2026. No histórico recente, a Faria Lima e setores do empresariado vinham demonstrando insatisfação com a atual gestão, apontando para preocupações fiscais e intervencionismo na economia.

Segundo analistas, qualquer sinalização de que Lula possa perder força política gera reação positiva nos mercados, já que investidores temem que o governo adote medidas menos amigáveis ao capital privado.

Impacto nas Ações e o Movimento de Recompra

Outro fator que impulsionou o índice foi a estratégia de recompra de ações adotada por diversas empresas. O Itaú (ITUB4), por exemplo, anunciou a recompra de R$ 3 bilhões em ações, enquanto a BB Seguridade (BBSE3) também finalizou um amplo programa de recompra, reduzindo o número de papéis em circulação e aumentando a valorização dos ativos.

Com menos ações disponíveis no mercado e uma alta repentina na demanda, o movimento de recompra tende a impulsionar os preços, beneficiando investidores que mantêm esses papéis em carteira. Além disso, o Carrefour Brasil também estuda fechar seu capital no país, seguindo uma tendência de retirada de grandes empresas da bolsa brasileira.

A Perspectiva dos Juros e a Influência no Mercado

Apesar da alta recente, o mercado ainda monitora com atenção o comportamento dos juros. O Banco Central manteve a taxa Selic elevada, mas algumas instituições financeiras, como o Banco Inter, já projetam uma redução da Selic para 14,75% ainda neste ano.

A taxa de juros tem impacto direto sobre os investimentos na bolsa de valores. Com juros elevados, o custo de capital aumenta e desestimula investimentos em renda variável. Contudo, se houver uma tendência de queda da Selic, pode-se observar uma migração de investidores para o mercado de ações, fortalecendo ainda mais o Ibovespa.

Vale a pena investir na bolsa agora?

Com a bolsa ainda negociada a um múltiplo preço/lucro de 8,55 vezes, abaixo da média histórica de 11, alguns especialistas acreditam que ainda há um grande potencial de valorização caso o cenário econômico e político se torne mais favorável.

A estratégia recomendada por muitos analistas é de acumulação progressiva, comprando ativos de qualidade a preços descontados enquanto o mercado ainda está oscilando. Dessa forma, quando houver uma recuperação sustentada, o investidor já estará bem posicionado para capturar os ganhos.

A recente alta do Ibovespa reforça a importância dos fatores políticos e macroeconômicos sobre o mercado de capitais. O aumento da reprovação do governo Lula trouxe um alívio momentâneo para os investidores, enquanto a estratégia de recompra de ações e expectativas de juros menores seguem influenciando o cenário.

Os próximos meses serão decisivos para confirmar se essa alta é sustentável ou apenas um movimento especulativo. Fique atento ao comportamento do mercado e às decisões do governo para traçar as melhores estratégias de investimento.

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