Ibovespa cai com rumores sobre Haddad e falas polêmicas de Marinho

O mercado financeiro brasileiro teve um dia tenso nesta quarta-feira (28), com o Ibovespa fechando em queda de quase 1%, aos 124.750 pontos. A retração foi impulsionada por uma combinação de fatores, incluindo balanços corporativos que frustraram os investidores e ruídos políticos que aumentaram a percepção de risco.

Rumores sobre a saída de Haddad assustam investidores

Um dos principais motivos para a queda do Ibovespa foi a circulação de relatos de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia substituir Fernando Haddad no Ministério da Fazenda. Segundo fontes do mercado, Haddad seria transferido para a Casa Civil em meio a uma reforma ministerial, o que gerou preocupação sobre o futuro da política fiscal do país.

O mercado enxerga Haddad como uma figura que equilibra os interesses do governo com a responsabilidade fiscal. Uma possível troca poderia comprometer a credibilidade do Brasil perante investidores, especialmente em um momento em que o país busca atrair capitais para financiar o crescimento econômico.

Falas de Marinho aumentam tensão sobre juros e inflação

Outro fator que contribuiu para a queda da bolsa foram as declarações do ministro do Trabalho, Luís Marinho, que criticou a política de juros do Banco Central. Marinho classificou como “imbecilidade” a elevação da taxa Selic para conter a inflação, o que gerou temor no mercado de uma possível interferência do governo na autonomia do Banco Central.

O ministro também comentou sobre os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que apontaram a criação de 137 mil novas vagas formais, quase o dobro do esperado. Embora o aumento do emprego seja positivo, o mercado teme que esse crescimento pressione a inflação, dificultando o corte de juros no curto prazo.

Impacto internacional: tarifas dos EUA sobre a Europa pressionam mercados

No cenário externo, a decisão do ex-presidente norte-americano Donald Trump de impor tarifas de 25% sobre produtos da União Europeia adicionou mais incerteza ao mercado global. A medida elevou as tensões comerciais e reforçou um ambiente de aversão ao risco, levando investidores a buscarem ativos mais seguros, como o dólar.

Dólar dispara e fecha a R$ 5,82

A combinação de incertezas políticas no Brasil e turbulências no cenário internacional levou o dólar a uma alta expressiva, fechando o dia a R$ 5,82. O salto de 1,30% na moeda norte-americana reflete a fuga de investidores estrangeiros, que passaram a exigir prêmios maiores para manter recursos no país.

Perspectivas para os próximos dias

O mercado agora aguarda novos desdobramentos sobre a possível reforma ministerial e as direções da política fiscal. Caso as especulações sobre a saída de Haddad se confirmem, o Ibovespa pode enfrentar mais quedas. Além disso, as expectativas sobre a inflação e a taxa Selic continuarão no radar dos investidores.

A volatilidade deve seguir elevada nos próximos dias, com o mercado financeiro reagindo a qualquer sinalização do governo que impacte a percepção de risco do Brasil.

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