O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, anunciou uma série de medidas para combater fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Entre as ações, está a suspensão imediata dos descontos realizados por sindicatos e associações de aposentados e pensionistas, considerados ilegais, além da retenção dos valores que seriam repassados a essas entidades.
A decisão foi tomada após a deflagração da Operação Sem Desconto, realizada em conjunto com a Polícia Federal, que investiga um esquema nacional de fraudes contra beneficiários do INSS. A prática envolvia descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas, prejudicando diretamente milhões de brasileiros que dependem integralmente da aposentadoria.
Segundo Carvalho, os valores que já foram descontados de forma indevida serão restituídos aos beneficiários no pagamento de junho. “Estamos falando de proteger a aposentadoria dos brasileiros em sua integralidade, sem qualquer desconto não autorizado”, afirmou o ministro.
Grupo especial vai responsabilizar entidades envolvidas
Além da suspensão dos descontos e da restituição aos prejudicados, o governo criou um grupo especial de combate à fraude, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse grupo será responsável por investigar e punir as entidades envolvidas no esquema, recuperar os recursos desviados e reforçar as políticas de prevenção a fraudes dentro do sistema previdenciário.
Outro desdobramento das investigações foi a exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanuto, ocorrida em meio à apuração das irregularidades. O afastamento reforça o comprometimento do governo em apurar os fatos e corrigir falhas no sistema que permitiram o esquema.
Com essas medidas, o governo busca fortalecer a proteção aos aposentados e pensionistas, garantindo que recebam seus benefícios de forma íntegra e sem interferências indevidas.
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