O Ministério da Educação lançou uma nova modalidade do programa Pé-de-Meia, agora voltado para estudantes universitários aprovados pelo Enem. O objetivo da iniciativa é ampliar o acesso à educação superior e reduzir a evasão escolar, oferecendo um incentivo financeiro mensal para ajudar jovens em situação de vulnerabilidade a manterem-se na faculdade.
A nova poupança para universitários faz parte do programa Mais Professores para o Brasil, que busca formar docentes para a rede pública de ensino. Os beneficiários receberão R$ 1.150 por mês, sendo R$ 700 de livre movimentação e R$ 450 depositados em uma poupança, cujo saldo será liberado após a conclusão da graduação e entrada na carreira docente em escola pública.
Ao longo de quatro anos de curso, o estudante pode acumular até R$ 16.800, valor condicionado ao cumprimento de critérios como aproveitamento acadêmico, carga horária mínima e matrícula em instituição pública ou conveniada, por meio de programas como ProUni, Sisu ou Fies.
Quem pode receber a nova bolsa universitária
Para ser elegível ao programa, é necessário:
- Ter feito o Enem e obtido nota igual ou superior a 650 pontos;
- Ingressar em curso de licenciatura em instituição pública ou conveniada com programas federais (ProUni, Fies ou Sisu);
- Estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais);
- Cumprir as exigências de frequência e desempenho acadêmico durante o curso;
- Ingressar na rede pública de ensino em até 5 anos após a formatura.
Diferença entre o Pé-de-Meia tradicional e a versão universitária
A versão tradicional do Pé-de-Meia é voltada para estudantes do ensino médio público e concede um valor que pode chegar a R$ 9.200 ao longo dos três anos, desde que o aluno mantenha frequência escolar mínima de 80% e seja aprovado ao final de cada ano letivo, além de realizar o Enem no terceiro ano.
Já a nova poupança é destinada a alunos do ensino superior, com foco na formação de professores. Não é possível receber os dois benefícios simultaneamente, mas o estudante pode iniciar com o Pé-de-Meia do ensino médio e, posteriormente, migrar para o programa universitário, desde que cumpra todos os requisitos.
Incentivo à permanência nos estudos
O governo busca com isso reduzir os altos índices de evasão escolar e universitária, comuns entre estudantes que precisam abandonar os estudos para trabalhar e ajudar a família. A proposta é oferecer segurança financeira para que os jovens consigam concluir a educação básica e o ensino superior, especialmente nas licenciaturas, onde há maior escassez de profissionais qualificados.
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