A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já trabalha para conter a desidratação da proposta de reforma do Imposto de Renda (IR) no Congresso Nacional. O governo reconhece que o texto original sofrerá modificações e busca alternativas para manter o equilíbrio fiscal diante da resistência de parlamentares e setores econômicos.
A proposta do Ministério da Fazenda, liderada por Fernando Haddad, enfrenta pressão especialmente sobre a taxação da alta renda, que inclui grandes investidores e beneficiários de lucros e dividendos. O Congresso, porém, já sinalizou resistência a esse modelo, temendo impactos negativos para setores empresariais.
Estratégia para manter equilíbrio fiscal
Nos bastidores, líderes governistas articulam alternativas para evitar que a reforma perca eficácia. Uma das estratégias em discussão é garantir outras formas de arrecadação para compensar possíveis perdas. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) propôs resgatar a ideia de vender imóveis da União que estão ociosos como forma de reduzir impactos da desidratação do projeto.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, também está envolvida nas negociações para fortalecer a articulação política no Congresso. Integrantes do governo mantêm conversas com parlamentares para propor ajustes que preservem a intenção original da reforma sem comprometer a viabilidade política do projeto.
Próximos passos
Nos próximos dias, a equipe econômica de Haddad deve intensificar as negociações com lideranças da base aliada e partidos do centro para garantir que as mudanças no texto não enfraqueçam sua capacidade de aumentar a arrecadação e tornar o sistema tributário mais progressivo.
O governo aposta na flexibilização de alguns pontos e na inclusão de medidas compensatórias para manter apoio suficiente à proposta no Congresso. O resultado dessas articulações será decisivo para o futuro da reforma do Imposto de Renda e seu impacto nas contas públicas.
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