GGRC11 pode ter queda nos rendimentos com compra do RELG11?

Em uma movimentação significativa para o mercado de fundos imobiliários, o fundo GGRC11 anunciou uma proposta para adquirir todos os ativos imobiliários do RELG11. A proposta, divulgada recentemente, pode impactar diretamente o valor das cotas, a rentabilidade e as estratégias futuras dos dois fundos, atraindo atenção redobrada dos investidores.

A seguir, esclarecemos os principais pontos dessa negociação, com detalhes importantes sobre valores, condições e impactos previstos para investidores de ambos os fundos.

Como será a acquisição dos ativos?

O GGRC11 pretende adquirir os quatro imóveis logísticos do fundo RELG11 (localizados em Extrema, Cotia, Contagem e Queimados) por meio de uma emissão privada de cotas próprias. O valor total da negociação é de aproximadamente R$ 133 milhões, com cotas emitidas ao valor patrimonial de R$ 11,32 cada. Com isso, o RELG11 passará a deter cerca de 11,8 milhões de cotas do GGRC11.

Por que o RELG11 optou por receber cotas?

Ao invés de receber pagamento em dinheiro, o RELG11 decidiu aceitar cotas do GGRC11, uma estratégia que permite a continuidade do fundo em um formato híbrido, focado agora na gestão de cotas de outros fundos imobiliários, inicialmente apenas as cotas do GGRC11.

Mudança de estratégia: RELG11 como fundo híbrido

Essa aquisição implica em uma mudança importante no regulamento do RELG11, transformando-o em um fundo híbrido, sem restrições para investir exclusivamente em imóveis logísticos. Apesar dessa mudança, o nome do fundo permanece inalterado, o que pode gerar certa confusão inicial no mercado.

Impactos econômicos para o investidor

Para cotistas do RELG11:

  • O valor patrimonial das cotas cairá dos atuais R$ 115 para aproximadamente R$ 100,76 inicialmente.
  • Os investidores não receberão diretamente as cotas do GGRC11, pois estas ficam sob a posse do RELG11 por pelo menos 12 meses.
  • Há um potencial aumento de dividendos, estimado em até 15%, devido à diferença positiva entre a rentabilidade atual dos imóveis e os dividendos projetados pelo GGRC11.

Para cotistas do GGRC11:

  • A aquisição poderá gerar novas emissões de cotas, especialmente se houver desvalorização do GGRC11 em relação ao preço inicial (R$ 11,32 por cota), implicando potencial diluição futura dos dividendos.
  • Há uma trava contratual protegendo o RELG11 de quedas acentuadas no valor das cotas do GGRC11 durante 12 meses, o que pode levar o GGRC11 a realizar emissões adicionais para compensar diferenças de preço.

Cláusulas de segurança e estratégia financeira

Uma cláusula especial protege o RELG11 de perdas severas caso o preço das cotas do GGRC11 caia abaixo de um limite predefinido (R$ 10,19, uma queda de 10% sobre o valor inicial), resultando em emissões extras para compensação financeira. Isso garante ao RELG11 um recebimento potencialmente maior que o inicialmente acordado.

Adicionalmente, o RELG11 não poderá liquidar rapidamente suas novas cotas, tendo limites diários e mensais de venda, o que minimiza impactos negativos imediatos sobre o preço do GGRC11 no mercado.

Assembleia crucial: participação essencial dos cotistas

Uma Assembleia Geral será realizada até 3 de abril para decidir sobre a aceitação da proposta pelo RELG11, bem como a aprovação da nova estratégia híbrida do fundo. A participação dos cotistas é essencial, exigindo quórum qualificado de 25% dos investidores para validação das mudanças propostas.

O que esperar no curto prazo?

Nos próximos meses, o mercado acompanhará atentamente a performance das cotas do GGRC11 para avaliar a possibilidade e necessidade de novas emissões que possam impactar ainda mais os rendimentos dos investidores. Para o RELG11, a transição representa uma nova direção estratégica com implicações profundas sobre o valor patrimonial e potencial rendimento futuro.

Investidores de ambos os fundos devem estar preparados para um período de volatilidade e, possivelmente, ajustes significativos nas estratégias de investimento.

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