Com a taxa Selic ainda elevada, ultrapassando os 13% ao ano, muitos investidores se perguntam: ainda compensa investir em fundos imobiliários ou é melhor apostar na renda fixa tradicional, que rende acima da inflação e com menor risco? A dúvida é válida — e a resposta, como sempre, depende do seu perfil e dos seus objetivos financeiros.
Neste artigo, você vai entender as principais diferenças entre os dois tipos de investimento, quais são as vantagens e desvantagens de cada um, e como tomar a melhor decisão com base no cenário atual da economia brasileira.
Fundos imobiliários: Vantagens além dos dividendos
Os fundos imobiliários (FIIs) são investimentos da renda variável que oferecem participação em ativos reais — como imóveis comerciais, galpões logísticos ou shoppings centers. E mesmo com a migração de investidores para a renda fixa, os FIIs ainda oferecem benefícios que merecem destaque.
1. Distribuição mensal isenta de IR
Uma das maiores vantagens dos FIIs é a renda mensal isenta de imposto de renda. Os dividendos pagos são líquidos, direto na sua conta, o que não acontece com os investimentos de renda fixa, onde a tributação come parte do lucro.
2. Potencial de valorização das cotas
Além do rendimento mensal, há o potencial de valorização da cota ao longo do tempo. Comprando cotas hoje de fundos descontados — como o MXRF11, HGLG11 ou XPML11 — o investidor pode ganhar tanto com o recebimento dos dividendos quanto com a valorização futura do ativo.
3. Acessível para todos os bolsos
Diferente de imóveis físicos, que exigem altos aportes iniciais, é possível começar a investir em FIIs com menos de R$ 100. Essa baixa barreira de entrada permite maior democratização do mercado imobiliário.
4. Alta liquidez
Apesar de serem renda variável, os FIIs são negociados diariamente na bolsa. Ou seja, caso precise do dinheiro, é possível vender as cotas rapidamente — normalmente em um ou dois dias úteis.
Renda fixa em alta: Oportunidade ou ilusão de segurança?
Enquanto os fundos imobiliários oscilam, a renda fixa oferece previsibilidade. Com a Selic nas alturas, CDBs, LCIs, LCAs e até mesmo títulos do Tesouro IPCA+ estão rendendo inflação mais 9% ao ano — algo raro e extremamente atrativo.
Vantagens da renda fixa no cenário atual
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Rentabilidade elevada e previsível, ideal para quem busca segurança no curto prazo.
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Menor risco, principalmente quando comparado a ativos da renda variável.
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Boa opção para quem vai precisar do dinheiro nos próximos 6 a 12 meses.
Mas atenção: esse cenário não deve durar
A taxa Selic elevada é uma resposta temporária ao controle da inflação. Com o risco de estagnação econômica e possível recessão, o consenso de mercado é que os juros devem começar a cair ainda em 2025. Ou seja, os ganhos da renda fixa tendem a diminuir ao longo do tempo.
O que levar em conta antes de escolher
A escolha entre fundos imobiliários ou renda fixa passa por uma pergunta essencial: qual é o seu objetivo com esse dinheiro?
Investimento de curto prazo (até 12 meses)?
Se você pretende usar o dinheiro em breve — seja para uma viagem, projeto pessoal ou reserva de emergência — a renda fixa é a melhor escolha, por oferecer segurança e previsibilidade. Um CDB pagando 13% ao ano com liquidez diária é uma excelente alternativa.
Investimento de longo prazo (acumular patrimônio)?
Se a ideia é construir patrimônio e gerar renda passiva ao longo dos anos, os fundos imobiliários se tornam muito mais atrativos. Mesmo com a oscilação das cotas, a rentabilidade total — dividendos + valorização — pode superar os ativos de renda fixa no longo prazo, com o bônus da isenção de IR.
Cenário atual: Hora de comprar FIIs com desconto?
O mercado de FIIs vive um momento de “promoção”. Com a migração dos investidores para a renda fixa, muitas cotas estão sendo negociadas abaixo do valor patrimonial, o que representa oportunidade para quem tem visão de longo prazo.
Exemplos:
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MXRF11: fundo de papel com cota abaixo de R$ 10, pagando dividendos consistentes.
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HGLG11: fundo de logística sólido, com histórico de boa gestão.
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XPML11: fundo de shoppings com ativos bem localizados e perspectiva de recuperação.
Esses fundos estão descontados, pagando bem e com potencial de valorização, especialmente quando a Selic começar a cair — o que tende a reaquecer o apetite do mercado por renda variável.
Fundos imobiliários ou renda fixa?
Se o seu objetivo é curto prazo: renda fixa. Você garante rentabilidade e liquidez em um momento em que a Selic favorece esse tipo de aplicação.
Se o seu foco é longo prazo: fundos imobiliários. Com preços atrativos, isenção de IR e potencial de valorização, os FIIs podem turbinar seus rendimentos ao longo do tempo.
Na dúvida? Diversifique. Alocar parte do capital em renda fixa para segurança e outra parte em FIIs para rentabilidade pode ser o equilíbrio ideal.
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