Fundo VGIR11 paga 13,99% em 12 meses e se destaca com alocação 100% em CRIs

A conjuntura de juros elevados no Brasil tem criado um cenário extremamente favorável para os fundos imobiliários de papel. Um dos destaques em 2025 é o VGIR11, que vem chamando a atenção com uma performance sólida, dividendos consistentes e valorização acumulada. No entanto, o investidor precisa avaliar com cautela sua concentração em determinados ativos e o nível de risco envolvido.

Selic alta impulsiona fundos de papel

Com a Selic atualmente em 14,25% e projeção de chegar a 15% ainda em 2025, segundo o Boletim Focus, os fundos de papel têm sido beneficiados diretamente. Isso porque esses fundos investem majoritariamente em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que estão indexados ao CDI — indicador que acompanha de perto a taxa básica de juros.

Nesse contexto, o VGIR11 tem surfado essa onda de alta dos juros com destaque. Sua rentabilidade acumulada nos últimos 12 meses foi de 13,99%, com dividendo mensal atual de R$ 0,12 por cota — o maior valor pago desde 2022.

Análise de indicadores do VGIR11

  • Cotação atual: R$ 9,18

  • Valor patrimonial: R$ 9,75 (desconto de 5% no mercado secundário)

  • Liquidez média diária: R$ 6 milhões

  • Rentabilidade mensal: 1,27%

  • Número de cotistas: mais de 248 mil

  • Alocação total em CRIs: 100% do patrimônio

Além disso, a valorização da cota nos últimos 12 meses foi de 8,38%, reforçando a atratividade do fundo não apenas pelo retorno em dividendos, mas também pelo ganho de capital potencial.

Alocação, diversificação e concentração de risco

Segundo o relatório gerencial de março de 2025, o VGIR11 possui R$ 1,4 bilhão alocado em 60 CRIs diferentes, sendo que 76,8% da carteira está exposta ao segmento residencial. Os demais setores incluem escritórios (9,1%) e shoppings (5,1%).

Apesar de parecer bem diversificado, o fundo apresenta concentração relevante em determinados emissores, como a construtora Elbor, com mais de 15% do PL alocado em CRIs vinculados a ela. Isso representa um ponto de atenção, já que problemas financeiros com uma única empresa podem afetar a performance geral do fundo.

Gestão ativa e movimentações recentes

A gestão do VGIR11 tem mantido uma postura ativa:

  • Compras em março de 2025: R$ 79,7 milhões em 10 operações distintas

  • Reaplicações em abril: R$ 19,7 milhões em CRIs já existentes

  • Operações compromissadas reversas: R$ 106,7 milhões a CDI + 0,75% a.a.

  • Alavancagem: controlada em 4,67%

Outro destaque é o recebimento de dois terrenos em São Paulo como garantia de inadimplência de um CRI (Guaikuruz). A venda está em fase final de diligência ambiental, o que mostra a atuação eficaz da gestora frente a riscos de crédito.

Resultado financeiro e distribuição

Em março de 2025, o fundo obteve:

  • Receita: R$ 19,9 milhões

  • Despesas: R$ 2,2 milhões

  • Lucro líquido: R$ 17,6 milhões

  • Distribuição: R$ 17,5 milhões aos cotistas

  • Reserva acumulada: R$ 0,01 por cota

A performance reforça a consistência do fundo, que tem mantido dividendos crescentes desde o fim de 2023, acompanhando o ciclo de alta da Selic.

Rentabilidade, risco e o “magic number”

Para quem busca renda passiva, o chamado “magic number” do VGIR11 — número de cotas necessárias para gerar uma nova cota via dividendos — está em 76 cotas, o que representa um investimento de R$ 702. A partir daí, o investidor começa a criar um efeito bola de neve no longo prazo.

O fundo oferece um retorno de CDI + 4,22% ao ano, o que o classifica como um ativo de risco mediano (middle risk), equilibrando potencial de retorno com exposição controlada.

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