O mercado de fundos imobiliários pode ter uma mudança significativa em abril, com previsão de queda na distribuição do RECR11. A aquisição do CRI Vegri pelo fundo, somada às oscilações no mercado financeiro e às mudanças na inflação, pode afetar diretamente os rendimentos pagos aos cotistas.
Mudanças na distribuição: O que esperar?
De acordo com o último relatório do fundo, a distribuição futura pode ser impactada por diversos fatores. Um dos principais pontos é a recente aquisição do CRI Vegri, que anteriormente pertencia ao fundo VGHF11.
O CRI Vegri, que estava sendo negociado com uma taxa de CDI + 3% no fundo VGHF11, agora foi incorporado ao portfólio do RECR11 com uma taxa de CDI + 4%. Apesar do aumento na rentabilidade da operação, essa mudança pode não ser suficiente para neutralizar a tendência de queda na distribuição dos rendimentos.
Impactos da inflação nas distribuições
Outro fator relevante é o efeito da inflação sobre os rendimentos do fundo. Em janeiro, o índice de inflação registrado foi de apenas 0,14%, o que significa um impacto negativo para os fundos que têm grande parte de sua carteira indexada à inflação.
Historicamente, quando o fundo pega um período de inflação baixa, as distribuições caem significativamente. No entanto, a expectativa para fevereiro é mais otimista, com inflação de 1,33%. Isso pode gerar uma recuperação nos rendimentos pagos nos meses subsequentes.
Aquisições recentes e portfólio do fundo
Nos últimos meses, o RECR11 realizou diversas aquisições, incluindo operações compromissadas e investimentos de curto prazo para otimizar a rentabilidade da carteira. Além disso, o fundo possui um imóvel avaliado em R$ 78 milhões, que está parado e sem perspectivas claras de venda ou locação.
O fundo também aloca 88% de seu portfólio em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), sendo a maior parte indexada à inflação. Além disso, cerca de 4% está investido em outros fundos imobiliários.
Possíveis cenários para os próximos meses
Com base nas tendências de inflação e na estrutura atual da carteira, dois cenários principais podem ocorrer:
- Cenário de curto prazo: O fundo pode registrar uma redução na distribuição no próximo mês, refletindo a inflação mais baixa de janeiro.
- Cenário de médio prazo: Com a inflação de fevereiro sendo mais alta, o fundo pode voltar a distribuir rendimentos mais elevados nos meses seguintes.
O RECR11 atravessa um período de ajustes e incertezas no curto prazo, com a possibilidade de redução temporária nas distribuições. No entanto, a tendência de inflação mais alta para fevereiro pode indicar uma recuperação futura. Os cotistas devem acompanhar de perto os próximos relatórios e a evolução dos investimentos do fundo para entender melhor os impactos no longo prazo.
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