O fundo de infraestrutura KDIF11, gerido pela Kinea, segue entregando resultados sólidos aos seus cotistas. Em março, o fundo distribuiu novamente R$ 1,50 por cota, mantendo um dividend yield acumulado de 11,6% nos últimos 12 meses. Além disso, promoveu uma nova alocação relevante em debêntures da RZK Solar, com taxa de IPCA+10,77% ao ano, reafirmando seu foco em ativos de alta rentabilidade e longa duração.
Distribuição de dividendos: consistência acima da média
Com o pagamento de R$ 1,50 por cota, o KDIF11 se mantém entre os fundos mais rentáveis do segmento de infraestrutura. Considerando o preço médio de mercado no fim de março — em torno de R$ 127,43 — o retorno mensal se aproxima de 1,18%, o que, anualizado, supera facilmente os 13% ao ano.
Essa distribuição expressiva vem sendo sustentada por uma carteira bem diversificada e com forte presença em setores estratégicos da economia, como saneamento, energia solar, transmissão elétrica e infraestrutura rodoviária.
Valorização e estabilidade no mercado secundário
A cota patrimonial do KDIF11 encerrou março em R$ 123,58, enquanto o preço de mercado fechou a R$ 127,43 — uma leve precificação acima do valor patrimonial. Já em abril, esse ágio foi praticamente zerado, com o fundo sendo negociado a R$ 124,10, bem próximo do valor atualizado da cota patrimonial (R$ 124,80).
Essa oscilação mínima indica um equilíbrio saudável entre valor de mercado e fundamentos da carteira, reforçando a atratividade do fundo sem gerar distorções para novos investidores.
Novo investimento em debêntures IPCA+10,77%
Entre as movimentações mais relevantes no portfólio, o fundo adquiriu aproximadamente R$ 21 milhões em debêntures da RZK Solar, originadas a partir de um volume maior negociado entre diversos fundos da Kinea. Essas debêntures oferecem uma remuneração de IPCA + 10,7753% ao ano, com vencimento em outubro de 2040.
Essa alocação reforça a estratégia do fundo de buscar ativos com duration longa, alto retorno real e perfil aderente ao mercado de infraestrutura, garantindo previsibilidade e geração de caixa consistente.
Composição setorial da carteira
Segundo o relatório gerencial de março, a carteira do KDIF11 se concentra nos seguintes setores:
- Saneamento: 30%
- Geração Solar: 19%
- Transmissão Elétrica: 18%
- Rodovias: 16%
Esses quatro setores somam mais de 80% da carteira, garantindo exposição a projetos de alta resiliência econômica e previsibilidade de fluxo de caixa.
Ponto de atenção: P/VP não é o único indicador relevante
Apesar de o fundo estar sendo negociado próximo ao valor patrimonial, o gestor reforça que o P/VP não deve ser analisado de forma isolada em fundos de infraestrutura. Isso porque mudanças na composição da carteira podem alterar significativamente a rentabilidade esperada, sem impactar diretamente o valor patrimonial.
Assim, é essencial que os investidores avaliem a qualidade e a remuneração dos ativos adquiridos, bem como a estratégia de gestão no contexto das taxas de juros reais e da política de alocações.
Uma opção sólida em meio aos juros altos
O KDIF11 se consolida como uma alternativa atraente para quem busca renda passiva com isenção de imposto de renda e retorno acima da média. A combinação de ativos de longa duration, diversificação setorial e dividendos consistentes o posiciona como destaque entre os fundos de infraestrutura disponíveis no mercado.
Com a Selic elevada, produtos indexados à inflação com prêmio real robusto, como os que compõem a carteira do KDIF11, tendem a seguir atrativos. Para investidores que priorizam previsibilidade de renda e valorização no longo prazo, o fundo segue sendo uma escolha estratégica.
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