Fundo imobiliário KNSC11 dispara com CDI e IPCA em alta: entenda se ainda é hora de comprar

O fundo imobiliário KNSC11, gerido pela Quinea, iniciou abril com uma notícia animadora para seus cotistas: o pagamento de R$ 0,10 por cota, valor mais alto registrado nos últimos 12 meses. Essa alta no rendimento vem acompanhada de um cenário macroeconômico favorável, com o CDI e o IPCA em patamares elevados — o que beneficia diretamente os papéis de renda fixa que compõem a carteira do fundo.

Mas será que essa tendência de alta se sustenta ao longo de 2025? E o que revela o último relatório gerencial divulgado na última sexta-feira? Acompanhe a seguir a análise completa.

Indicadores atualizados: cotação, Dividend Yield e patrimônio

De acordo com o site Investidor10, o KNSC11 encerrou março com os seguintes dados de mercado:

  • Cotação: R$ 8,63

  • Dividend Yield (12 meses): 12,40%

  • P/VPA: 0,99 (preço justo)

  • Patrimônio líquido: R$ 1,76 bilhão

  • Número de cotistas: mais de 197 mil

  • Liquidez média diária: aproximadamente R$ 5 milhões

Apesar de não estar com grande desconto, o valor da cota segue abaixo do pico de dezembro de 2024 (R$ 9,30), o que ainda pode representar uma oportunidade para novos aportes — especialmente considerando a perspectiva de aumento nos rendimentos.

Crescimento sustentado nos rendimentos

Nos últimos 12 meses, os dividendos pagos oscilaram entre R$ 0,08 e R$ 0,10 por cota. Porém, nos últimos três meses, o fundo tem mantido a distribuição no teto desse intervalo, o que sinaliza estabilidade e potencial de crescimento.

Além disso, o fundo conta atualmente com R$ 0,06 acumulados em resultados não distribuídos, o que reforça a capacidade da gestora de manter (ou até aumentar) os pagamentos nos próximos meses.

Alocação de ativos: forte presença em CRIs

O KNSC11 é um fundo de papel com alocação praticamente total em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), representando 98% da carteira, enquanto apenas 0,2% está em cotas de outros FIIs. A liquidez de caixa é de 1,6%.

A distribuição dos indexadores dos CRIs está da seguinte forma:

  • 62% indexados ao IPCA, com taxa média de 10,46%

  • 46% indexados ao CDI, com taxa média de 3,32%

O somatório superior a 100% ocorre devido à presença de operações compromissadas, que caracterizam uma alavancagem moderada e permitem maior rentabilidade sem comprometer a saúde financeira do fundo.

Novas aquisições e estratégia de gestão

Em março, a gestora realizou R$ 44,6 milhões em novas aquisições de CRIs, aproveitando o cenário de alta de juros. O destaque vai para:

  • CRI da MRV indexado ao CDI + 3,5%, no valor de R$ 30 milhões

  • Quatro CRIs indexados ao IPCA, com taxas que variam entre IPCA + 8,20% e IPCA + 11%

Esse mix de operações revela uma estratégia equilibrada entre riscos moderados e altos retornos, com foco em qualidade de crédito e diversificação setorial.

Setores de atuação e diversificação

Um dos pontos mais elogiados do KNSC11 é sua diversificação de risco. Os devedores estão distribuídos entre setores como:

  • Escritórios corporativos

  • Logística

  • Shoppings

  • Residencial

  • Educação e saúde (com menor peso)

O principal devedor é o FII VISC11, representando apenas 3,5% do portfólio, o que demonstra um risco de concentração muito baixo — algo fundamental para proteger o fundo de inadimplência ou calotes pontuais.

Resultado financeiro em março: lucro reforçado

Durante o mês de março, o fundo apresentou os seguintes números:

  • Receita com CRIs: R$ 22,3 milhões

  • Despesas totais: R$ 1,7 milhão

  • Resultado líquido: R$ 21,7 milhões

  • Valor distribuído: R$ 20,2 milhões

  • Resultado acumulado: R$ 1,5 milhão (aproximadamente R$ 0,06 por cota)

Essa performance representa o segundo mês consecutivo com geração de resultado superior ao valor efetivamente distribuído, reforçando o caixa do fundo e garantindo uma margem para manter os dividendos em alta.

Perspectivas: alta da Selic beneficia o fundo

Com a Selic atualmente em 14,25% e projeções de que ela ultrapasse os 15% ainda em 2025, os CRIs atrelados ao CDI tendem a gerar receitas ainda maiores para o fundo.

Além disso, o IPCA segue elevado, acima da meta do Banco Central, o que impulsiona a rentabilidade dos demais ativos. A combinação dos dois cenários favorece duplamente o fundo — algo incomum e bastante positivo.

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