O fundo AAZQ11, gerido pela renomada gestora AZ Quest, tem atraído atenção dos investidores pela combinação de preço acessível (aproximadamente R$ 6 por cota) e alto rendimento de dividendos, chegando próximo de 20% anualizados. Criado em dezembro de 2022, o fundo tem como objetivo investir majoritariamente em ativos ligados ao agronegócio brasileiro.
Principais informações sobre o AAZQ11
Atualmente, o valor de mercado das cotas do AAZQ11 gira em torno de R$ 6,62, negociado abaixo do valor patrimonial, que é de aproximadamente R$ 8,62. Seu patrimônio líquido ultrapassa R$ 150 milhões, com mais de 29 mil cotistas, refletindo o interesse crescente do mercado.
- Distribuição de dividendos: aproximadamente R$ 0,09 por cota mensal;
- Rentabilidade anualizada: 19,67%;
- Taxa de administração: 1,2% ao ano;
- Taxa de performance: 10% sobre o rendimento que exceder 100% do CDI.
Por que os dividendos são altos?
A elevada rentabilidade de dividendos do AAZQ11 decorre principalmente do perfil dos ativos que compõem o fundo. Quanto maior o risco dos investimentos, maior é o prêmio exigido pelos investidores, resultando em retornos mais expressivos. Portanto, é fundamental entender que dividendos altos frequentemente indicam níveis de risco superiores.
Portfólio e diversificação do fundo
Concentração em CRAs e outros ativos
Embora o AAZQ11 tenha seu portfólio diversificado entre CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), CRIs, FIDCs, LCAs e LCIs, a maior parte dos recursos é aplicada em CRAs (cerca de 57,7%). Outros 25,1% são investidos em Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs), o que amplia sua diversificação e potencializa seu retorno.
Segmentos de investimento
O fundo investe em diversos segmentos relacionados ao agronegócio:
- Usinas de açúcar e etanol: Santa Fé, São Domingos, CMAA;
- Proteína animal: Minerva;
- Insumos agrícolas: SIBRA, Fertis, Solotec;
- Laticínios e cooperativas agrícolas;
- Produtores de grãos: SLC Agrícola;
- Distribuidoras de insumos: AgroGalaxy, Elo Agrícola, BR Agro;
- Instituições financeiras: BTG Pactual, Banco ABC Brasil.
Situação de inadimplência
Um ponto importante é que atualmente não há registro significativo de inadimplência nos ativos que compõem o fundo, segundo o relatório gerencial recente. As amortizações parciais estão ocorrendo conforme o cronograma esperado.
Performance recente do AAZQ11
Em fevereiro, o fundo gerou uma receita superior a R$ 2,3 milhões, principalmente através da rentabilidade com juros dos ativos investidos. Após deduções de custos operacionais (aproximadamente R$ 283 mil), o resultado líquido do fundo ultrapassou R$ 2 milhões.
O dividendo distribuído foi de R$ 0,095 por cota, representando um yield mensal de 1,44% e anualizado de 19,67%.
Vantagens e riscos do AAZQ11
Vantagens:
- Alto retorno em dividendos;
- Diversificação significativa dentro do setor agro;
- Gestão experiente e reconhecida.
Riscos:
- Exposição a fatores climáticos e governamentais que afetam o agronegócio;
- Baixa liquidez comparada a fundos imobiliários tradicionais;
- Concentração em ativos de maior risco.
É um bom investimento?
O AAZQ11 pode ser uma boa alternativa para investidores que buscam alta rentabilidade, desde que estejam confortáveis com os riscos envolvidos. Para investidores iniciantes ou conservadores, recomenda-se uma exposição mais moderada e diversificada, mantendo sempre uma menor proporção de Fiagros em relação a Fundos Imobiliários tradicionais na carteira.
Recomendações para Investir em Fiagro:
- Avalie bem o risco da sua carteira antes de investir;
- Não concentre grande parte do patrimônio em Fiagros;
- Fique atento à liquidez e ao histórico de pagamentos do fundo.
O Fiagro AAZQ11 se destaca por seu preço acessível e dividendos atrativos, sendo uma opção potencialmente lucrativa, mas que requer atenção especial quanto ao risco. Para quem busca diversificação dentro do agronegócio, pode ser uma adição interessante à carteira, desde que alinhada ao perfil de risco e objetivos financeiros do investidor.
O post Fiagro AAZQ11: o fundo de R$ 6 que está pagando dividendos de quase 20% apareceu primeiro em O Petróleo.