FI-Infra da Kinea dispara em rendimento: entenda por que o KDIF11 pode ser uma boa entrada

O fundo de investimento em infraestrutura KDIF11 , da gestora Kinea, chamou a atenção dos investidores em março de 2025. Com um rendimento expressivo, forte exposição a debêntures incentivadas e benefícios fiscais relevantes, o fundo tem entrega de resultados consistentes e pode ser uma alternativa interessante para quem busca renda passiva com isenção de IR . Mas será que ainda é hora de entrar?

Desempenho recente: rendimento de R$ 1,50 e base fortalecida

O último rendimento distribuído pelo KDIF11 foi de R$ 1,50 por cota , um valor expressivo considerando a base do fundo. Esse desempenho supera o resultado recorrente do mês anterior, que, embora tenha pago R$ 1,70, foi impulsionado por componentes não recorrentes . Ou seja, agora o fundo está entregando um retorno mais sustentável, reforçado pelo aumento da inflação no início de 2025, o que favorece o fundo por ser majoritariamente atrelado ao IPCA .

Estrutura sólida e diversificação estratégica

Com um patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões e cerca de 40 mil cotistas , o KDIF11 é um dos maiores fundos do segmento FI-Infra. Além da dimensão, destaca-se pela alta liquidez : são cerca de R$ 3,6 milhões negociados por dia . A cota patrimonial gira em torno de R$ 122 e o fundo está sendo negociado no mercado secundário muito próximo disso (R$ 122,30), diminuindo uma precificação justa, com pouco ágio ou deságio .

Indexador principal: IPCA+ com taxa atrativa

O fundo opera com uma taxa média de IPCA + 9,23% , considerando a marcação a mercado. Essa taxa é bastante superior aos títulos do Tesouro Direto, por exemplo, que hoje giram em torno de IPCA + 6% a 7% para prazos semelhantes.

Isso mostra o diferencial competitivo do fundo no atual cenário macroeconômico, com inflação persistente e um ambiente de queda moderada na Selic .

Composição da carteira: debêntures incentivadas dominam

O KDIF11 mantém 97% de sua carteira alocada em debêntures incentivadas de infraestrutura , o que garante isenção de imposto de renda sobre os rendimentos para o investidor pessoa física. São 63 emissões distintas , o que demonstra um alto grau de degradação e gestão ativa.

Setores principais:

  • Saneamento : 30% 
  • Transmissão de energia : 18,6% 
  • Geração solar/fotovoltaica : 18% 
  • Rodovias : 16% 

Essa diversidade proporciona uma resiliência maior ao portfólio, especialmente em cenários macroeconômicos desafiadores.

Crédito e qualidade dos ativos

A qualidade do crédito dos ativos também é um ponto forte. Mais de 90% da carteira está alocada em emissores classificados como grau de investimento, com destaque para operações com rating A ou superior .

Entre os emissores, são nomes sólidos como a Equatorial Energia , com operações complexas como AAA e duração média de 2,56 anos. Além disso, apenas uma posição (1,1% do patrimônio) possui algum tipo de atenção específica : o caso do Complexo Eólico Ventos de São Clemente , que teve uma licença de operação temporariamente suspensa por questões ambientais, mas obteve liminar judicial e retomou as atividades.

Liquidez, volatilidade e vantagens fiscais

Além da liquidez diária atrativa, o fundo tem baixa volatilidade , com cota de mercado e patrimonial muito próxima. Isso reduz o risco de deságio e favorece o investidor que pretende manter uma posição no longo prazo.

Outro diferencial é a isenção de IR sobre os lucros de capital , caso o investidor venda a cota com ganho. Se você comprar o fundo a R$ 100 e vender a R$ 130, por exemplo, o ganho de R$ 30 é líquido e livre de impostos , desde que sejam seguidos às regras da Receita Federal para fundos incentivados.

Compras recentes e movimentações da carteira

Em janeiro e fevereiro, o KDIF11 adquiriu cerca de R$ 380 milhões em novas debêntures, incluindo uma operação relevante com 42 usinas de geração solar fotovoltaica . Essa operação, atualmente com taxa CDI + 2,5%, está em fase de transição para o IPCA como indexador, o que poderá aumentar ainda mais o retorno futuro, especialmente se a inflação continuar em alta.

A gestora Kinea se destaca pela experiência no setor e pela gestão cuidadosa dos ativos. O histórico da casa em FIIs e, agora, nos FI-Infras, reforça a confiança do mercado no KDIF11.

Riscos e pontos de atenção

Apesar do desempenho robusto, é preciso observar com atenção casos como o do complexo eólico Ventos de São Clemente , citado anteriormente. Ele representa apenas 1,1% do patrimônio , mas ilustra como questões regulatórias e ambientais podem impactar projetos de infraestrutura.

Outro ponto a ser monitorado são os movimentos da Selic e da inflação , já que o desempenho do fundo depende do comportamento desses indicadores. Caso haja surpresas negativas no cenário macroeconômico, pode haver impacto na precificação do mercado e nos spreads dos ativos.

Correspondente:

  • Taxa de juros (IPCA+9,23%) 
  • Rendimento sólido (R$ 1,50 nos últimos meses) 
  • Alta Certificação 
  • Isenção de IR 
  • Gestão da Kinea 
  • Carteira moderna e sólida 

O KDIF11 aparece como uma excelente opção para quem busca exposição à infraestrutura com bom retorno real e benefícios fiscais. Mesmo com os riscos pontuais, como a questão ambiental mencionada, o fundo segue robusto e promissor para 2025.

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