EUA impõem tarifas de 25% ao México e Canadá: impacto no comércio global

A partir desta terça-feira, entraram em vigor as tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre importações do México e Canadá. A medida, anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, tem como objetivo proteger a indústria americana, mas já provoca turbulências nos mercados globais e pode desencadear retaliações comerciais por parte dos países afetados.

Reação dos mercados e impactos econômicos

Na véspera da implementação das tarifas, os principais índices de ações dos Estados Unidos registraram queda, refletindo a preocupação dos investidores. O índice Nasdaq, por exemplo, teve uma desvalorização de 2,64%, enquanto empresas como Nvidia e Amazon também sofreram perdas significativas de 8,69% e 3,42%, respectivamente.

A cotação do dólar também foi impactada, apresentando uma queda de 0,81% em relação a um cesto de moedas internacionais. Esse movimento reflete a incerteza sobre os desdobramentos das novas tarifas no mercado global e a possível adoção de medidas retaliatórias pelos parceiros comerciais dos EUA.

Reação do México e do Canadá

O governo canadense já indicou que deve reagir com tarifas de 25% sobre um volume de US$ 20,8 bilhões em produtos americanos. Por sua vez, o México ainda não divulgou quais medidas adotará, mas especialistas acreditam que o país possa seguir um caminho semelhante ao do Canadá, aplicando tarifas sobre setores estratégicos da economia dos EUA.

China também é afetada

Além das tarifas sobre os parceiros do NAFTA, os Estados Unidos também impuseram uma nova tarifa de 10% sobre produtos chineses, dobrando a taxa anterior para 20%. Em resposta, a China anunciou tarifas retaliatórias de 10% a 15% sobre produtos americanos, incluindo frango, trigo, milho e algodão. Além disso, Pequim adicionou 25 empresas americanas à sua lista de restrição de exportação e investimentos.

A disputa entre os EUA e a China também se estende ao setor químico, com Pequim negando qualquer envolvimento na exportação ilegal de substâncias utilizadas na produção de fentanil, uma das justificativas de Washington para impor sanções ao país asiático.

Consequências para o Brasil

No Brasil, a bolsa de valores segue fechada devido ao feriado de Carnaval, mas os impactos da nova guerra comercial devem ser sentidos em setores como agronegócio e manufatura. Caso as tarifas causem uma redução na demanda por produtos americanos, o Brasil pode ganhar espaço como fornecedor alternativo para o México, Canadá e China.

Além disso, a oscilação do dólar pode afetar o preço de importações brasileiras e o custo de matérias-primas utilizadas por indústrias locais.

O que esperar nos próximos dias

Com as tarifas em vigor, analistas aguardam as próximas movimentações de México, Canadá e China. Caso as retaliações se intensifiquem, o comércio internacional pode sofrer ainda mais impactos, levando a um cenário de maior volatilidade nos mercados globais.

Resta saber se os Estados Unidos estarão dispostos a renegociar os termos dessas tarifas ou se a tensão comercial irá se agravar nos próximos meses.

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