Empréstimo consignado para CLT já está disponível: veja como funciona

Desde o dia 21 de março, trabalhadores com carteira assinada já podem contratar o novo empréstimo consignado CLT, diretamente pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. A proposta, anunciada pelo Ministério do Trabalho, prevê crédito com juros mais baixos e garantia via FGTS. No entanto, a medida tem gerado uma série de dúvidas e queixas por parte dos usuários.

Simulação negada? Entenda os motivos

Muitos trabalhadores têm relatado que, ao tentarem simular o empréstimo, recebem a mensagem de que “não possuem vínculo empregatício”. Segundo especialistas, isso pode ocorrer por diversas razões:

  • Atualização pendente no app da carteira digital, especialmente para quem assinou recentemente;

  • Empresas com histórico de atraso no depósito do FGTS;

  • Erro no cadastro do empregador no e-Social;

  • Pendências da empresa com o INSS ou União;

  • Inconsistências na função registrada;

  • Sobrecarga no sistema do aplicativo, que vem recebendo milhões de acessos simultâneos.

Para contornar isso, recomenda-se desinstalar e reinstalar o app, verificar os dados no gov.br e conversar com o RH da empresa.

Juros zero? Cuidado com a pegadinha

Outro ponto polêmico são os empréstimos que supostamente não cobram juros. Usuários relataram propostas de bancos como o Agibank, onde o valor total a pagar é exatamente igual ao valor emprestado, sugerindo “taxa zero”. No entanto, ao analisar os contratos, descobre-se que há sim juros embutidos, com taxas que chegam a 4,99% ao mês.

Por exemplo: uma proposta de R$ 2.354,50 parcelada em 10 vezes de R$ 235,45 sugere ausência de juros. Mas, na prática, esse é o valor bruto com IOF embutido e taxa mensal efetiva. A estratégia de apresentar o valor total sem discriminar o custo efetivo total pode iludir o trabalhador desavisado.

Por que os valores aprovados são tão baixos?

Muitos trabalhadores também se frustraram ao receber propostas de valores bem menores do que o simulado. Uma das principais causas é que a regulamentação do uso do FGTS como garantia ainda não foi finalizada. Segundo o Ministério do Trabalho, a operacionalização da medida deve ocorrer até 15 de junho. Enquanto isso, os bancos ainda não contam com a segurança de usar 10% do saldo do FGTS mais 100% da multa rescisória como garantia.

Sem essa certeza, as instituições financeiras tendem a liberar valores menores e com juros mais altos, para se protegerem do risco de inadimplência em caso de demissão do trabalhador.

Vale a pena contratar agora?

Especialistas recomendam aguardar até abril. Com a entrada de mais bancos na disputa, a tendência é que surjam propostas com juros mais baixos e condições mais vantajosas. Além disso, a estabilidade do sistema da carteira digital e a regulamentação do uso do FGTS devem melhorar a oferta de crédito.

Dicas para não cair em armadilhas:

  • Leia com atenção o contrato antes de contratar;

  • Verifique a taxa de juros efetiva mensal e anual;

  • Observe o valor líquido liberado e o valor total pago ao final;

  • Desconfie de promessas de “juros zero”;

  • Espere propostas melhores nos próximos dias.

A novidade é positiva, mas exige cautela. Com paciência e atenção aos detalhes, o trabalhador poderá acessar um crédito mais justo e seguro.

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