O mercado de fundos agroindustriais (Fiagros) ganhou recentemente um novo protagonista: o EGAF11, fundo gerido pela Ecoagro, que começa a se destacar mesmo com seu porte ainda modesto. Com rendimento mensal na casa de 1,3%, patrimônio de R$ 310 milhões e mais de 11 mil cotistas, o EGAF11 se posiciona como uma alternativa robusta para quem busca diversificação, retorno atrativo e exposição ao agronegócio brasileiro.
O que é o EGAF11 e por que ele merece atenção?
O EGAF11 é um fundo que investe majoritariamente em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), com foco em operações estruturadas para mitigar riscos climáticos e de crédito, comuns ao setor. Embora seja um fundo jovem, já acumula retorno contábil de 90% desde sua origem, mostrando resiliência e consistência.
Sua gestora, a Ecoagro, aposta em diversificação geográfica e setorial, atendendo produtores em 14 estados e com exposição a 13 culturas – sendo a soja a principal delas, com 40% da carteira. Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul concentram os maiores volumes investidos.
Rendimento acima da média: dividendos consistentes e atrativos
Um dos pontos que mais chamam a atenção no EGAF11 é a sua distribuição de rendimentos. Com dividendo de R$ 1,26 por cota, considerando uma cotação de mercado na faixa dos R$ 91,50, o yield mensal supera 1,3%, o que representa mais de 15% ao ano, isento de IR para pessoas físicas.
Além disso, a taxa média de retorno dos ativos na carteira gira em torno de CDI + 5,1%, com alguns CRAs oferecendo até CDI + 6%. Esse patamar, aliado ao desconto em relação ao valor patrimonial, amplia o potencial de valorização da cota no mercado secundário.
Deságio e oportunidade de entrada
Apesar da valorização recente, o fundo ainda opera com leve deságio – sua cota patrimonial está próxima dos R$ 99, enquanto o mercado negocia por cerca de R$ 91. Esse “gap” representa uma oportunidade para quem deseja entrar em um fundo que paga bons dividendos e tem espaço para valorização.
Gestão ativa e estratégias de mitigação de risco
O EGAF11 é um exemplo de como fundos menores permitem uma análise mais detalhada da atuação da gestora. A Ecoagro tem adotado uma postura transparente e técnica, prezando pela qualidade dos CRAs adquiridos e pela resiliência da carteira.
A política de risco do fundo inclui:
- Subordinação média de 50% nas operações;
- Diversificação em revendas de insumos agrícolas;
- Garantias reais e excesso de colaterais;
- Zero inadimplência ou atraso nos pagamentos dos ativos.
Essa postura aumenta a segurança do investidor, especialmente em um setor que lida com variáveis imprevisíveis como o clima.
Destaques do portfólio
Entre os ativos, destaca-se um CRA com taxa de CDI + 6%, emitido por uma revenda do Mato Grosso do Sul. O fundo também possui posição em ativo atrelado ao dólar, com remuneração dólar + 9%, o que adiciona proteção cambial ao portfólio.
O fundo está alocado em 32 ativos diferentes, garantindo exposição ampla e reduzindo a dependência de um único tomador.
Liquidez, cotistas e distribuição
Com uma liquidez diária em torno de R$ 827 mil, o fundo ainda é considerado de porte pequeno no mercado, mas essa liquidez já é compatível com seu tamanho atual. Ele conta com mais de 11 mil cotistas, um número expressivo para um fundo em fase inicial de crescimento.
Apesar de apenas três ativos terem distribuído rendimentos no mês mais recente, todos estavam dentro do esperado, conforme a política de pagamento dos CRAs – alguns com distribuição anual ou semestral.
Vale a pena investir no EGAF11?
Para investidores que buscam renda passiva acima do CDI, diversificação no agronegócio e confiança na gestão, o EGAF11 aparece como uma oportunidade sólida. O fundo ainda está fora dos holofotes, o que aumenta seu atrativo para quem procura ativos com potencial de valorização no médio prazo.
A constância nos pagamentos, a transparência da gestora e o foco em mitigação de riscos tornam o EGAF11 um fundo para se acompanhar de perto.
O EGAF11 mostra sinais promissores de crescimento e desempenho acima da média, especialmente para quem está atento ao setor de Fiagros. No entanto, os dados preliminares indicam que estamos diante de um fundo com bom risco-retorno, forte potencial e gestão dedicada.
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