Economia argentina acumula queda de 1,8% em 2024, mas encerra o ano com sinais de recuperação

A economia da Argentina registrou uma retração de 1,8% em 2024, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). O país já havia apresentado uma queda de 1,6% em 2023, refletindo os impactos da crise econômica que tem afetado diversos setores. No entanto, houve um crescimento de 5,5% em dezembro, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, consolidando dois meses seguidos de recuperação.

Setores afetados e impacto da inflação

A queda econômica foi impulsionada pela redução drástica da demanda doméstica, resultado direto da inflação elevada, que acumulou 117,8% ao longo de 2024. A desvalorização da moeda e o aumento dos preços corroeram o poder de compra dos argentinos, afetando o consumo e levando vários setores a registrar retração.

Setores como comércio, indústria e serviços foram os mais prejudicados, já que os consumidores reduziram drasticamente os gastos para enfrentar a escalada dos preços. Pequenos e médios empreendedores também sentiram os efeitos da crise, com queda nas vendas e dificuldades para manter os custos operacionais.

Ajuste fiscal e medidas do governo Milei

O governo do presidente Javier Milei tem adotado um rigoroso ajuste fiscal desde o final de 2023, com cortes de gastos públicos e medidas para tentar estabilizar a economia. A estratégia inclui a redução de subsídios, reformas trabalhistas e desregulamentação do mercado, visando atrair investimentos estrangeiros e reduzir o déficit.

Contudo, essas ações também impactaram a população, com queda no poder aquisitivo e aumento do custo de vida. Especialistas avaliam que, apesar das dificuldades iniciais, algumas medidas começaram a surtir efeito nos últimos meses do ano, refletindo na melhora de indicadores econômicos recentes.

Perspectivas para 2025

Para 2025, economistas apontam um cenário de incertezas, mas com expectativa de que a tendência de crescimento observada nos últimos meses de 2024 possa se consolidar. A estabilização da inflação e um possível reaquecimento do mercado de trabalho serão fatores determinantes para uma retomada econômica mais robusta.

O governo Milei aposta na continuidade das reformas para atrair investidores e estimular a atividade econômica. No entanto, a reação da população às medidas e a capacidade de recuperação da demanda interna serão desafios fundamentais para os próximos meses.

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