O dólar voltou a subir nesta terça-feira (20) após novas ameaças de tarifas comerciais por parte do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O receio de medidas protecionistas mais agressivas elevou a volatilidade do mercado cambial e colocou os investidores em alerta para os impactos na inflação global e nas relações comerciais.
A proposta de Trump de impor tarifas adicionais sobre produtos importados, incluindo insumos fundamentais como madeira e metais, gera preocupação quanto ao aumento dos custos de produção e consequente repasse para os consumidores. Esse tipo de barreira comercial tende a pressionar os índices de inflação e pode levar o Federal Reserve (Fed) a manter taxas de juros elevadas por mais tempo, impactando o custo do crédito e a atividade econômica.
Efeito imediato e reação dos mercados
O mercado reagiu rapidamente às declarações de Trump. O dólar se valorizou frente a moedas emergentes, refletindo a busca por segurança diante da incerteza econômica global. Além disso, bolsas de valores de países dependentes do comércio com os EUA apresentaram queda, com investidores temendo medidas retaliatórias por parte de nações afetadas pelas tarifas.
Impactos econômicos e comerciais A implementação de novas tarifas pode ter efeitos adversos para a própria economia norte-americana. Apesar da promessa de fortalecer a indústria nacional, especialistas alertam que os setores dependentes de insumos importados, como a construção civil, podem sofrer elevação de custos. Essa dinâmica pode frear o crescimento econômico e afetar o mercado de trabalho.
Além disso, a retaliação por parte de parceiros comerciais, como a União Europeia e o Canadá, é um risco iminente. A imposição de tarifas pode desencadear novas barreiras contra produtos norte-americanos, reduzindo as exportações e prejudicando setores-chave da economia dos EUA.
Brasil e a necessidade de blindagem econômica
Para o Brasil, que tem sua economia fortemente atrelada às oscilações cambiais, a alta do dólar impacta diretamente no preço de importações e na inflação. Economistas defendem que o país precisa reforçar sua política fiscal para evitar grande volatilidade cambial e minimizar os impactos das tensões globais.
A próxima fase dependerá da postura de Trump e da reação dos países afetados. Caso as tarifas sejam realmente impostas, o mercado financeiro pode viver novos momentos de turbulência nos próximos meses.
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