Dólar segue estável a R$ 5,80 em meio a tensão comercial entre EUA e parceiros

O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (13) praticamente estável, cotado a R$ 5,80, refletindo um cenário de cautela dos investidores diante das recentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e seus parceiros comerciais, como Canadá, México e China. Paralelamente, o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 1,31% em fevereiro, a maior alta para o período desde 2003, elevando as preocupações sobre a inflação no Brasil.

EUA impõem tarifas sobre aço e alumínio, e Brasil reage

O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, publicou uma nota conjunta lamentando a decisão dos EUA de aplicar tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio. O documento classificou a medida como “injustificável e equivocada”, destacando que tal ação pode afetar o fluxo comercial entre os dois países.

A medida dos Estados Unidos faz parte da estratégia protecionista adotada pelo governo norte-americano para impulsionar sua indústria nacional. No entanto, especialistas alertam que essas barreiras tarifárias podem desencadear uma nova rodada de retaliações comerciais por parte de outros países, aumentando a incerteza nos mercados globais.

Inflação preocupa: IPCA registra maior alta para fevereiro desde 2003

No Brasil, os dados recentes do IBGE revelaram uma forte pressão inflacionária. O IPCA, principal indicador da inflação, subiu 1,31% em fevereiro, o maior avanço para esse mês nos últimos 21 anos. O aumento foi impulsionado, principalmente, pelo encarecimento dos serviços, que seguem pressionando o custo de vida no país.

A inflação elevada gera preocupação entre economistas, que temem um possível impacto nas taxas de juros e na atividade econômica. Uma inflação persistente pode reduzir o poder de compra da população e afetar negativamente o crescimento econômico.

Mercado atento aos desdobramentos da política monetária global

Outro fator que influencia o comportamento do dólar e dos mercados financeiros é a política monetária dos Estados Unidos. O mercado segue atento às decisões do Federal Reserve (Fed), que enfrenta o desafio de equilibrar a inflação e o crescimento econômico. A inflação mais fraca nos EUA em fevereiro pode diminuir a necessidade de novos aumentos de juros, o que impactaria diretamente o fluxo de capital para mercados emergentes, como o Brasil.

A incerteza global também se reflete na Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), que teve um leve avanço de 0,29% no dia, alcançando 128.3 mil pontos. Os investidores continuam monitorando os cenários interno e externo para definir suas estratégias.

Perspectivas para os próximos meses

Diante desse contexto, especialistas projetam um cenário de volatilidade para os próximos meses. A inflação persistente no Brasil pode levar o Banco Central a reconsiderar sua política de juros, enquanto o dólar deve continuar oscilando conforme os desdobramentos da economia global.

Com a tensão comercial entre os EUA e seus parceiros se intensificando, o mercado cambial deve seguir sob influência de notícias sobre tarifas e possíveis retaliações. Para investidores e consumidores, o momento é de atenção redobrada.

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