A moeda americana fechou em queda de 0,47%, atingindo R$ 5,64, menor valor desde outubro de 2024. A desvalorização do dólar ocorre após a decisão do Federal Reserve (FED) de manter os juros entre 4,25% e 4,5% ao ano, sem surpresas para o mercado. O discurso do presidente do FED, Jerome Powell, foi interpretado como “dovish”, ou seja, sinalizando maior cautela em relação a futuros aumentos de juros, o que favoreceu a queda da moeda americana.
Enquanto isso, o mercado financeiro brasileiro segue atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que anunciará sua decisão sobre a taxa Selic. A expectativa é de um novo aumento de 1 ponto percentual, levando a Selic para 14,25% ao ano.
Impacto no mercado financeiro
Com a sinalização do FED, a Bolsa de Valores brasileira (Ibovespa) registrou alta de 0,79%, fechando em 132.508 pontos. Esse resultado marca a maior sequência de ganhos desde agosto de 2024. O movimento foi impulsionado pela percepção de que a política monetária dos Estados Unidos pode estar se aproximando do fim do ciclo de aperto nos juros.
O discurso de Jerome Powell também contribuiu para fortalecer os índices acionários americanos, que aceleraram seus ganhos após a declaração de que a inflação pode ser transitória. Essa perspectiva favorece os mercados emergentes, como o Brasil, pois reduz a pressão para uma maior fuga de capitais estrangeiros.
Expectativas para a taxa Selic
A decisão do Copom é aguardada com grande expectativa pelos investidores. Caso a taxa Selic suba para 14,25%, como previsto pelo mercado, isso pode impactar diretamente os investimentos, tornando a renda fixa ainda mais atrativa em relação às ações. Além disso, o aumento dos juros pode reforçar a tendência de desvalorização do dólar no curto prazo, ao atrair investidores para o mercado de títulos brasileiros.
Deficit fiscal e projeções econômicas
Paralelamente às decisões monetárias, o Ministério da Fazenda divulgou a nova projeção do Prisma Fiscal, que estima um déficit primário de R$ 75 bilhões para 2025, uma redução em relação aos R$ 80 bilhões previstos anteriormente. No entanto, o resultado ainda está distante da meta inicial do governo de zerar o déficit em 2024. Para 2026, o mercado espera um resultado neutro.
A queda do dólar e a alta do Ibovespa refletem um momento de cautela e expectativa nos mercados globais. A decisão do FED de manter os juros e o discurso mais moderado de Powell impulsionaram os ativos brasileiros, enquanto o mercado local aguarda a decisão do Copom sobre a taxa Selic. O resultado da reunião do Banco Central pode definir os rumos do dólar e da bolsa nos próximos dias, influenciando diretamente os investimentos e a economia brasileira.
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