O seu João, personagem fictício mas realista, representa milhões de brasileiros que acreditam que investir exige grandes quantias. Um dia, ele decide aplicar R$ 250 por mês em um CDB que rende 100% do CDI. Sua expectativa? Rendimento baixo, quase simbólico. Mas a realidade é bem diferente. Neste conteúdo, vamos mostrar como esse valor, somado à força dos juros compostos, pode transformar R$ 250 mensais em mais de R$ 100 mil em 15 anos.
Entendendo o CDB: o que é e como funciona?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um dos investimentos mais populares de renda fixa no Brasil. Ao aplicar nesse produto, você empresta dinheiro para o banco, que, em troca, paga juros sobre esse valor.
A modalidade mais comum é o CDB que rende 100% do CDI. O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) acompanha a taxa Selic e serve como referência para diversos investimentos. Em 2025, está na casa dos 14,15% ao ano, o que torna o CDB uma opção atrativa para quem busca rentabilidade com segurança.
Importante: o CDB rende apenas em dias úteis, o que significa que finais de semana e feriados não contam para a formação de juros.
Juros compostos: o motor do crescimento
O segredo da multiplicação do patrimônio não está apenas na taxa, mas sim na frequência dos aportes e na ação dos juros compostos. Esse tipo de juros funciona como uma bola de neve: os rendimentos de hoje se somam ao valor investido e rendem ainda mais amanhã.
Exemplo prático:
Se o CDB paga 1,1% ao mês, o rendimento sobre os R$ 250 no primeiro mês é de R$ 2,77. No segundo mês, os juros incidem sobre R$ 252,77 — e assim por diante.
Com o tempo, os ganhos se acumulam exponencialmente.
Variação da taxa CDI: o que pode mudar?
A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom) pode alterar a taxa Selic — o que impacta diretamente o CDI. Isso significa que o rendimento do seu CDB pode oscilar:
-
Se o CDI subir, seu rendimento aumenta.
-
Se o CDI cair, sua rentabilidade diminui, mas o capital e os rendimentos acumulados continuam seguros.
Mesmo com oscilações, você nunca perde dinheiro em um CDB pós-fixado com garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos), desde que respeitado o limite de R$ 250 mil por CPF/instituição.
Simulação: quanto rende R$ 250 por mês em 12 meses?
Com uma taxa equivalente de 1,1% ao mês (baseada no CDI de 14,15%), veja o que acontece ao longo de um ano:
Mês | Valor Acumulado | Rendimento do Mês |
---|---|---|
1 | R$ 252,77 | R$ 2,77 |
2 | R$ 507,45 | R$ 4,68 |
3 | R$ 765,01 | R$ 5,79 |
… | … | … |
12 | R$ 3.035,38 | R$ 35,38 (lucro) |
Ao final de 12 meses, com aportes mensais de R$ 250, o seu João teria investido R$ 3.000 e conquistado um lucro líquido de R$ 35,38 — sem considerar impostos.
E a tributação? Entenda o IR no CDB
O imposto de renda incide apenas sobre o lucro, e a alíquota varia conforme o prazo da aplicação:
-
Até 180 dias: 22,5%
-
De 181 a 360 dias: 20%
-
De 361 a 720 dias: 17,5%
-
Acima de 720 dias: 15%
Ou seja, quanto mais tempo você deixar o dinheiro aplicado, menor será o imposto pago.
O poder do longo prazo: R$ 250 por mês durante 15 anos
Vamos voltar ao exemplo do seu João. Investindo R$ 250 por mês, durante 15 anos, com uma rentabilidade média de 10% ao ano (valor realista considerando a média histórica do CDI), ele teria acumulado:
-
Valor investido: R$ 45.000
-
Valor final: R$ 100.655
-
Lucro total: R$ 55.655
Isso mesmo. Com disciplina e constância, é possível mais que dobrar o patrimônio usando um produto simples e acessível.
CDB não é renda mensal
Muita gente pensa no CDB como uma forma de gerar renda mensal. Não é o caso. Ele é mais indicado para:
-
Reservas de emergência
-
Objetivos de médio a longo prazo
-
Substituir a poupança com mais rentabilidade
❗ Para quem quer receber mensalmente, outras opções como fundos imobiliários ou Tesouro IPCA com cupons podem ser mais indicadas.
O post Como R$ 250 por mês no CDB podem virar mais de R$ 100 mil com juros compostos apareceu primeiro em O Petróleo.