Como o crédito privado pode turbinar sua carteira mesmo com a Selic em queda

O que é crédito privado e por que você deve prestar atenção agora?
Com a taxa Selic em níveis historicamente baixos, o investidor brasileiro tem buscado alternativas mais rentáveis dentro da renda fixa. E é nesse cenário que o crédito privado vem ganhando protagonismo. Trata-se de um dos mercados mais robustos do mundo e, no Brasil, começa a se popularizar entre investidores que desejam diversificar, manter previsibilidade e ainda obter bons retornos.

Em entrevista ao canal Excelência no Bolso, Daniel Pegorini, CEO da Valora Investimentos, explicou em detalhes como funciona esse segmento, os principais tipos de títulos e como montar uma carteira eficiente de crédito privado.

O que é crédito privado?

Crédito privado é a modalidade de investimento em títulos de dívida emitidos por empresas ou instituições financeiras com o objetivo de captar recursos para suas operações. Diferente do Tesouro Direto, que é emitido pelo governo, aqui o investidor está “emprestando” dinheiro para o setor privado.

Principais tipos de títulos de crédito privado:

  • Debêntures: Títulos de dívida emitidos por empresas, geralmente usados para financiar expansão ou refinanciamento de dívidas. 
  • Notas Promissórias: Compromissos de pagamento de curto prazo, também emitidos por empresas. 
  • Letras Financeiras (LFs): Emitidas por instituições financeiras, com prazos maiores e rentabilidades mais elevadas. 
  • FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios): Fundos que investem em recebíveis de empresas, como duplicatas e boletos. 
  • CRIs e CRAs: Certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio, lastreados em operações desses setores.

Por que investir em crédito privado?

Vantagens para o investidor

  1. Rentabilidade superior à renda fixa tradicional: Em média, os títulos de crédito privado oferecem taxas acima do CDI. 
  2. Previsibilidade: A maioria oferece retornos prefixados ou atrelados à inflação, permitindo planejamento financeiro. 
  3. Diversificação: Com uma ampla gama de emissores e setores, é possível reduzir riscos sistêmicos da carteira. 
  4. Segurança relativa: Apesar de não ter garantia do FGC em alguns casos, muitos títulos são de empresas sólidas e com boa classificação de crédito.

“Um fundo bem gerido pode reunir 50 ativos diferentes, pulverizando o risco de forma muito mais inteligente do que um investidor comum conseguiria sozinho”, destaca Pegorini.

Para quem é o crédito privado?

Embora pareça sofisticado, esse mercado é acessível a qualquer investidor. Hoje, fundos de crédito privado estão disponíveis com aportes mínimos de R$ 1.000, democratizando o acesso a carteiras diversificadas.

Antes de investir, porém, é essencial ter uma reserva de emergência bem estruturada — e entender três pontos cruciais:

  • Prazo do investimento 
  • Perfil de risco 
  • Objetivos financeiros

Cuidados e erros comuns ao investir em crédito privado

Segundo Daniel Pegorini, um dos principais erros dos investidores iniciantes é comprar ativos individuais diretamente, sem considerar a liquidez. Muitos papéis possuem prazos longos de vencimento e podem ser difíceis de vender antes do fim.

Outros erros frequentes:

  • Ignorar o risco de crédito do emissor 
  • Escolher papéis apenas pela taxa de retorno 
  • Não entender o funcionamento da liquidez D+15, D+30 ou D+90 dos fundos

“Muita gente quer o resgate no dia seguinte, mas esquece que o gestor precisa de tempo para liquidar operações. Liquidez imediata tem custo”, reforça Pegorini.

Fundos de crédito privado: uma solução inteligente

Os fundos especializados são uma excelente porta de entrada para quem quer investir com segurança e diversificação. A Valora Investimentos, por exemplo, tem mais de R$ 4 bilhões sob gestão, com mais de 20 fundos ativos, muitos deles focados em crédito privado.

Esses fundos oferecem vantagens como:

  • Gestão profissional especializada 
  • Diversificação automática 
  • Menor risco de concentração 
  • Acesso a operações exclusivas de crédito 

Rentabilidade: quanto rende o crédito privado?

A rentabilidade depende do tipo de título e do risco envolvido.

  • Fundos conservadores: IPCA + 2% a 3% ao ano 
  • Fundos moderados: IPCA + 4% a 5% ao ano 
  • Fundos mais arrojados: IPCA + 6% a 8% ao ano 

Em um cenário de Selic a 2% ao ano, como o projetado para o futuro próximo, essas taxas se tornam ainda mais atrativas.

Crédito privado é para o seu perfil?

Se você busca:

  • Rendimento acima do CDI 
  • Baixa volatilidade 
  • Investimentos com previsibilidade 
  • Proteção contra inflação

Então sim, crédito privado pode (e deve) fazer parte do seu portfólio — seja você conservador, moderado ou arrojado.

“Um portfólio diversificado com renda fixa, crédito privado e fundos imobiliários é a forma mais inteligente de proteger seu patrimônio e buscar boas oportunidades”, afirma Pegorini.

O poder da informação e da gestão ativa

O crédito privado não é apenas uma alternativa à renda fixa tradicional — é um universo de oportunidades. Com orientação adequada, conhecimento e bons gestores, ele pode ser um verdadeiro motor de crescimento para sua carteira.

Para mais conteúdos como este, confira também:

  • Fundos Imobiliários: qual a melhor estratégia em 2025? 
  • Como montar uma carteira previdenciária equilibrada 
  • O que muda nos investimentos com a Selic em queda? 

Se quiser, posso montar também uma arte com infográfico visual sobre tipos de crédito privado ou uma tabela com comparação de rentabilidades. Deseja isso?

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