A imposição de novas tarifas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começou a impactar o preço de diversos produtos no país. Com taxas adicionais sobre importações do Canadá, México e China, itens como cervejas, frutas, vegetais e eletrônicos devem sofrer aumento significativo de preço nos próximos dias.
As novas tarifas incluem um imposto de 25% sobre produtos vindos do Canadá e do México, enquanto itens chineses tiveram sua alíquota dobrada para 20%. O Canadá é o principal fornecedor de grãos, carnes e aves para os EUA, enquanto o México se destaca no fornecimento de frutas e vegetais frescos. A China, por sua vez, domina o mercado de eletrônicos e eletrodomésticos, sendo um dos maiores exportadores de computadores para o território americano.
Impacto no bolso dos consumidores
Economistas alertam que essa medida pode gerar uma escalada na inflação americana, já que muitos dos produtos afetados são amplamente consumidos pela população. Dados recentes mostram que, em 2018, os EUA importaram mais de 8 bilhões de dólares em vegetais frescos e 9 bilhões de dólares em frutas, sendo 3 bilhões apenas em abacates. O México também exportou 6 bilhões de dólares em cervejas, como a famosa Corona, além de 5 bilhões em bebidas destiladas, incluindo tequila e gin.
O setor varejista já sente os reflexos da decisão. O CEO da Target, uma das maiores redes de varejo dos EUA, afirmou que os consumidores devem notar aumentos de preços nas próximas semanas. Produtos como televisores, computadores, eletrodomésticos e automóveis também estão na lista de itens que sofrerão reajustes.
Reações e previsões econômicas
A decisão de Trump de aumentar tarifas faz parte de sua política protecionista, que visa fortalecer a produção interna americana. No entanto, especialistas apontam que, a curto prazo, a medida pode prejudicar os consumidores e aumentar o custo de vida no país.
Empresas e consumidores aguardam os desdobramentos dessa política tarifária, enquanto o impacto inflacionário já preocupa economistas e grandes redes varejistas nos Estados Unidos.
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