As ações da Copasa (CSMG3), Cemig (CMIG3/CMIG4) e Auren Energia (AURE3) têm chamado atenção dos investidores em 2025, seja pelo forte potencial de valorização, pelo pagamento de dividendos ou pelas movimentações estratégicas no setor de infraestrutura.
Neste artigo, reunimos as informações mais relevantes para você que está considerando incluir ou trocar essas empresas em sua carteira de investimentos. A análise inclui preço justo das ações, indicadores financeiros, dividend yield estimado, alavancagem, cenário macroeconômico e estrutura de capital.
Cemig: dividendos robustos e estrutura financeira sólida
Queda na cotação, mas fundamentos resilientes
As ações preferenciais da Cemig (CMIG4) vêm passando por forte desvalorização, atingindo a região dos R$ 10,00 após alcançar uma máxima de R$ 11,73 em novembro de 2024. Parte da queda foi motivada por expectativas frustradas em relação a uma bonificação de ações e pela especulação de mercado, refletida no aumento do aluguel de papéis, que chegou a 5%.
Estrutura acionária e proteção ao investidor
A Cemig possui ações ON (CMIG3) com tag along de 80%, oferecendo maior proteção ao investidor minoritário. Já as ações PN (CMIG4), mais negociadas, não oferecem essa proteção, o que pode influenciar a decisão do investidor mais conservador.
Dividendos e preço justo
A companhia anunciou dividendos de R$ 0,65 por ação, com pagamento previsto após a assembleia em 30 de abril. O valor total gira em torno de R$ 1,8 bilhão, consolidando o perfil de boa pagadora de dividendos. Segundo análise técnica, o preço justo da Cemig é estimado em R$ 23,16, o que representa um potencial de valorização superior a 130% frente à cotação atual.
Copasa: saneamento com alto potencial de valorização e dividendos atrativos
Quedas recentes e visão de longo prazo
A Copasa (CSMG3) também enfrentou quedas nas últimas semanas, fechando abaixo dos R$ 20,00. No entanto, analistas veem isso como uma janela de oportunidade, já que o preço justo estimado da ação é de R$ 40,00, segundo relatório recente — o que indica um potencial de valorização de mais de 100%.
Investimentos elevados e desafios do setor
Por atuar no setor de saneamento básico — com metas de universalização previstas até 2033 — a empresa exige altos investimentos (CAPEX), o que pode afetar a geração de caixa no curto prazo. Ainda assim, sua gestão vem mantendo um bom equilíbrio entre expansão e distribuição de lucros.
Destaque nos dividendos do setor
A Copasa se destaca entre as estatais do setor de saneamento (ao lado de Sabesp e Sanepar) como a que mais entrega dividendos ao investidor. Em 2024, pagou proventos extraordinários e para 2025 projeta um dividend yield de até 12%, consolidando-se como uma excelente alternativa para quem busca renda passiva.
Auren Energia: terceira maior geradora do Brasil com foco em crescimento
Crescimento, diversificação e potencial de longo prazo
A Auren Energia (AURE3), antiga CESP, atua com foco na geração e comercialização de energia elétrica e já figura como a terceira maior geradora do país. Seu portfólio é altamente diversificado, incluindo hidrelétricas, eólicas, solares e comercialização B2B, o que reduz riscos e amplia oportunidades.
Dividendos e desafios de precificação
Apesar de distribuir dividendos com regularidade, os valores ainda são modestos quando comparados a Cemig e Copasa. O P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial) está em 0,66, o menor desde a reformulação da empresa — o que indica forte desconto em relação ao valor contábil dos seus ativos.
O VPA (Valor Patrimonial por Ação), ajustado apenas parcialmente após aquisições como a da AES Brasil, está em torno de R$ 12,27. Frente à cotação atual (em torno de R$ 7,60), isso sinaliza um potencial de valorização de cerca de 60%, ainda sem considerar novos ativos incorporados.
Receita e expansão
A receita líquida da Auren foi de R$ 1,4 bilhão, com expectativa de crescimento nos próximos trimestres. Com uma estrutura robusta e planos de expansão, a empresa deve se fortalecer no mercado nos próximos anos, podendo disputar posições com gigantes como Eletrobras.
Cemig ou Copasa: vale a pena trocar uma pela outra?
A dúvida sobre trocar Cemig por Copasa (ou vice-versa) é recorrente. Embora ambas sejam estatais mineiras e atuem em setores perenes, as dinâmicas dos mercados são bastante distintas. O setor elétrico tende a sofrer menos com ciclos de investimento, enquanto o saneamento básico exige CAPEX mais elevado no curto prazo.
A Cemig oferece mais previsibilidade de caixa e dividendos frequentes, sendo ideal para quem busca segurança e estabilidade. Já a Copasa pode ser uma opção mais arriscada, mas com maior potencial de valorização e pagamento elevado de dividendos em um horizonte de médio a longo prazo.
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