O fundo de infraestrutura CDII11, gerido pela Sparta, reforçou sua posição como uma opção sólida e estável para investidores em março de 2025. Mantendo o pagamento de R$ 1,16 por cota – o mesmo valor distribuído nos meses anteriores – o fundo continua oferecendo uma rentabilidade anualizada de 13,8%, destacando-se entre os FI-Infra atrelados ao CDI.
Com uma estratégia clara e disciplinada, o CDII11 não apresentou surpresas negativas, mesmo em um ambiente de incertezas regulatórias e volatilidade nos mercados de renda fixa. A combinação de uma gestão conservadora com ajustes pontuais na carteira garante ao fundo uma performance consistente, protegendo o investidor das oscilações mais intensas de marcação a mercado.
Estabilidade nos dividendos e rentabilidade competitiva
Em um cenário de juros altos e inflação pressionada, o CDII11 continua sendo uma alternativa atrativa para quem busca previsibilidade e bom retorno. O fundo segue distribuindo R$ 1,16 por cota, com um dividend yield anualizado de 13,8%, equivalente ao CDI + 0,9%. Essa consistência reforça seu posicionamento como um ativo “para comprar e esquecer na carteira”, segundo a própria análise da gestora.
Além disso, o fundo negocia praticamente em linha com seu valor patrimonial, com a cota patrimonial fechando março em R$ 104 e a cota de mercado próxima a R$ 103, refletindo o equilíbrio entre preço e valor da carteira.
Por que o P/VP não é o único indicador nos FI-Infra?
A Sparta destaca a importância de não se basear exclusivamente no preço sobre valor patrimonial (P/VP) para avaliar fundos de infraestrutura. Como esses fundos têm flexibilidade para ajustar a carteira de ativos, a rentabilidade futura pode se alterar sem que o valor patrimonial mude significativamente, o que pode gerar interpretações superficiais.
Essa característica reforça a necessidade de uma análise mais aprofundada da estratégia e composição dos fundos FI-Infra, para além de métricas tradicionais como o P/VP.
Composição da carteira e estratégias recentes
O CDII11 conta com um patrimônio líquido robusto, de R$ 1,4 bilhão, e uma base de cerca de 48,7 mil cotistas. Em março, o fundo adicionou sete novos emissores à sua carteira, incluindo Cerma, UT Bromélia, Copel, Pax PRS, Aeroportos, EPR Vias do Café e Usiminas. Esses ajustes visam melhorar o perfil de risco-retorno e diversificar ainda mais a exposição do fundo.
Atualmente, a maior parte da carteira está concentrada em debêntures de empresas de geração de energia, seguida por ativos do setor de rodovias e saneamento. O caixa permanece saudável, com 8% de liquidez, proporcionando flexibilidade para novas oportunidades ou amortecimentos.
Indicadores de risco e retorno
- Spread médio da carteira: CDI + 0,9%
- Duração média: 4,4 anos
- Reserva de caixa: 8%
- Rentabilidade dos últimos 12 meses: 13,2%
Esses números reforçam o foco do fundo em equilibrar retorno com estabilidade, priorizando setores essenciais da economia.
Projeto de Lei PL 187/2024: impactos para os investidores
Outro ponto relevante abordado no relatório é o andamento do Projeto de Lei 187/2024, que trata da tributação de rendimentos de fundos FI-Infra para pessoas físicas. De acordo com a proposta, os dividendos oriundos de ativos já isentos (como debêntures incentivadas) continuariam livres de imposto, mesmo para quem recebe acima de R$ 50 mil mensais.
Essa possível regulamentação traz um alívio para investidores em fundos de infraestrutura como o CDII11, reforçando o caráter atrativo desses ativos no cenário atual. No entanto, como o PL ainda está em tramitação, o tema segue em aberto e merece acompanhamento.
CDII11 segue como referência em FI-Infra
A consistência na distribuição de dividendos, a carteira diversificada e a estratégia cautelosa reforçam o posicionamento do CDII11 como uma escolha sólida para investidores que buscam rentabilidade superior ao CDI com menor exposição à volatilidade de mercado.
Mesmo diante das discussões sobre tributação e oscilações nos ativos de renda fixa, o fundo mantém sua proposta de valor, sendo uma alternativa interessante para diversificar portfólios e garantir renda passiva em um cenário de juros elevados.
O post CDII11 mantém dividendos sólidos com rentabilidade anualizada de 13,8% apareceu primeiro em O Petróleo.