CACR11 mantém distribuição robusta mesmo com inflação em queda

Mesmo enfrentando um cenário desafiador no mercado de fundos imobiliários, o CACR11 (Capitania Securities II) segue entregando resultados expressivos para seus mais de 24 mil cotistas. Com um histórico robusto de distribuições mensais e rendimento anualizado de 17,33%, o fundo se posiciona como um dos high yields mais resilientes do mercado.

Distribuição de R$ 1,31 por cota reforça solidez

A última distribuição do CACR11, referente ao mês mais recente, foi de R$ 1,31 por cota, mantendo o padrão elevado dos meses anteriores. Nos últimos 12 meses, o fundo chegou a pagar até R$ 1,66, o que evidencia sua consistência mesmo em períodos de deflação ou baixa liquidez nos FIIs.

A alta distribuição é sustentada por uma carteira de CRIs com taxas agressivas, majoritariamente indexadas ao IPCA. Com isso, mesmo diante da desaceleração inflacionária, o fundo vem mantendo níveis elevados de retorno.

Valor de mercado volta ao valor patrimonial

Após recuar para a faixa de R$ 72-73, o valor de mercado do CACR11 se recuperou e voltou a ser negociado próximo ao seu valor patrimonial (VP), consolidando-se como uma opção sólida para quem busca renda passiva com consistência.

Além disso, o fundo faz amortizações frequentes, o que garante uma certa previsibilidade para o investidor, ao mesmo tempo em que exige atenção redobrada para entender o impacto dessas operações sobre o rendimento.

A carteira do CACR11 é composta majoritariamente por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) com taxas de IPCA + 12% a IPCA + 18,8% — patamares considerados agressivos e, por isso, exigem atenção à qualidade dos ativos e à concentração de risco.

Concentração em devedores: um ponto de alerta

O fundo apresenta replicação de operações com alguns devedores. Em casos como Santo André, Voia e Viva, é possível observar três a quatro operações distintas com o mesmo grupo. Em determinadas situações, apenas dois devedores concentram mais de 20% da carteira. Essa concentração acende um sinal de alerta, já que qualquer problema operacional em uma dessas empresas pode afetar diretamente o desempenho do fundo.

Reservas acumuladas: até R$ 0,50 por cota podem ser destravados

Outro fator importante no desempenho do CACR11 é o volume de reservas acumuladas. O fundo possui resultados positivos que ainda não foram distribuídos, podendo, em caso de vendas estratégicas de ativos, destravar até R$ 0,50 por cota adicionais.

Essa reserva acumulada ocorre quando um ativo do portfólio se valoriza após a aquisição. Se o fundo optar por vender essa posição, poderá realizar o lucro e repassar esse ganho aos cotistas.

Além disso, o fundo tem resultado acumulado em regime de caixa — ou seja, valores efetivamente recebidos, mas ainda não distribuídos. Só neste primeiro semestre, a reserva já está na casa dos milhões, o que pode sustentar os rendimentos mesmo com eventuais oscilações na inflação ou atrasos nos pagamentos dos CRIs.

Expectativas para os próximos meses

Apesar do forte desempenho, o cenário para os próximos meses requer atenção. Como boa parte dos ativos do fundo é indexada ao IPCA, a queda do índice em janeiro pode impactar temporariamente a distribuição.

Contudo, a gestão do fundo possui margem de manobra com as reservas acumuladas e pode usá-las para manter o patamar de rendimentos. A expectativa do mercado é de manutenção ou leve redução nos próximos meses, mas o patamar ainda seguiria bastante atrativo.

Histórico de resiliência e gestão ativa

Desde que passou a integrar o IFIX, em setembro de 2022, o CACR11 demonstra solidez e capacidade de atravessar momentos turbulentos. Em um cenário em que muitos fundos reduziram seus dividendos, o CACR11 conseguiu não apenas manter, como também elevar suas distribuições em alguns períodos.

O fundo já analisou mais de 700 operações desde sua origem e mantém um processo criterioso de seleção baseado em:

  • Saúde financeira do devedor

  • Liquidez e valor de revenda dos imóveis

  • Financiamento 100% garantido para conclusão das obras

  • Histórico de vendas dos ativos

Esses critérios ajudam a mitigar parte dos riscos inerentes ao perfil agressivo do portfólio.

Oportunidade ou risco?

Embora o CACR11 ofereça um dos maiores dividend yields da Bolsa, seu perfil high yield exige análise cautelosa. As taxas elevadas são proporcionalmente acompanhadas por maior risco de crédito e de concentração.

Dito isso, o fundo pode ser uma excelente alternativa para investidores com apetite a risco em busca de renda mensal elevada. É importante acompanhar de perto a evolução do portfólio, as eventuais emissões de cotas para diversificação e as movimentações da inflação.

O CACR11 se consolida como um dos fundos imobiliários mais consistentes do mercado, com alto retorno e gestão ativa. Sua capacidade de manter os rendimentos mesmo em cenários adversos é um diferencial competitivo, mas o investidor deve ficar atento aos riscos de concentração e à dinâmica da inflação.

Para quem busca renda passiva recorrente e está disposto a aceitar um pouco mais de risco, o CACR11 segue sendo uma das estrelas do setor imobiliário.

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