Bradesco (BBDC3) anuncia JCP e revela oportunidade com desconto de até 27% nas ações

O Bradesco (BBDC3) iniciou 2025 com o anúncio do pagamento de juros sobre capital próprio (JCP), em mais um movimento para atrair a atenção dos investidores que seguem atentos à trajetória de recuperação do banco. Apesar de desafios como margens comprimidas e inadimplência, a ação ainda apresenta potencial de valorização com base em fundamentos e indicadores técnicos.

Juros sobre capital próprio: valores, datas e rendimento

O Bradesco informou que pagará JCP líquido de R$ 0,19 por ação preferencial (BBDC4) e R$ 0,17 por ação ordinária (BBDC3), com data de corte em 31 de março e pagamento em 31 de outubro. O dividend yield projetado para esse pagamento gira em torno de 1,5%, indicando uma distribuição mais conservadora, mas ainda relevante dentro do histórico do banco.

Projeções de dividendos para 2025: o que esperar?

Com base no histórico recente, a expectativa de distribuição de proventos para 2025 está entre R$ 0,75 a R$ 1,00 por ação. Esse intervalo representa cenários moderados a otimistas, considerando os resultados de 2024 e a retomada gradual da lucratividade. Se o Bradesco repetir o desempenho de 2024, com lucro em torno de R$ 19 bilhões, o dividend yield projetado pode ultrapassar 7,5%.

Preço teto: quando o Bradesco deixa de ser uma oportunidade?

Utilizando o dividend yield como métrica de precificação, o preço teto estimado para BBDC3 em 2025 é de R$ 15,79, considerando a distribuição de R$ 0,95 em proventos. Mesmo com a recente valorização das ações, a margem de segurança ainda é de 27%, o que reforça a tese de que o ativo segue atrativo para investidores focados em valor.

Se o payout for mais conservador, entregando R$ 0,85 por ação, o preço teto recua para a faixa dos R$ 14,70 — ainda acima do preço atual, mantendo a ação com desconto.

Bradesco em 2025: fundamentos, riscos e catalisadores

Queda nas margens financeiras é o maior desafio

O principal obstáculo para o Bradesco em 2025 continua sendo a recuperação da margem líquida, que caiu de 20% em 2019 para cerca de 8% a 9% em 2024. Embora a inadimplência esteja estabilizando na pessoa física e caindo na pessoa jurídica, a margem continua pressionada por fatores como competição, conservadorismo no crédito e legado de erros do passado, como o caso Americanas.

Setor de crédito e inadimplência em transição

A expectativa para o mercado de crédito é de estabilidade ou leve recuperação, especialmente com o avanço do consignado privado e medidas do governo que favorecem o crédito à pessoa física. A inadimplência deve seguir caindo no segmento corporativo, o que pode aliviar provisões e melhorar os resultados do banco.

Casos de risco: Casas Bahia entra no radar

Apesar da estabilização geral, casos específicos como Casas Bahia, que têm exposição significativa com o Bradesco, ainda preocupam e podem gerar volatilidade no curto prazo. É um risco a ser monitorado com atenção pelos investidores mais conservadores.

Preço justo e análise técnica: onde está o valor real de BBDC3?

Avaliações de mercado: entre R$ 11 e R$ 19

Analistas da Faria Lima estimam o preço justo do Bradesco entre R$ 11 (cenário pessimista) e R$ 19 (otimista). A média entre esses extremos, considerada mais realista, gira em torno de R$ 14,50 a R$ 15,50, faixa que também coincide com a projeção de múltiplos históricos de preço/lucro entre 11x e 12x.

Se o banco voltar a negociar na média da década — cerca de 11,5 vezes lucro —, o valor justo da ação pode atingir R$ 18,83, o que oferece upside adicional de mais de 20% a partir dos níveis atuais.

Análise técnica aponta zonas de entrada e saída

Utilizando o indicador VWAP ancorado desde 2008, o analista Bruno Mazoni identifica faixas ideais de compra entre R$ 8,50 e R$ 9,32, zonas que historicamente marcaram bons pontos de entrada.
A partir dos R$ 13,70, o desconto começa a se esgotar, e entre R$ 15,50 a R$ 18,00, surgem boas oportunidades para venda coberta de opções ou realização parcial de lucros.

Bradesco é uma ação de valor, não de crescimento

Mesmo pressionado por concorrência e margens apertadas, o Bradesco continua sendo um banco com capilaridade nacional e presença consolidada. O setor bancário brasileiro ainda é dominado por grandes players, e o crédito segue como a principal fonte de receita — terreno onde fintechs e bancos digitais ainda têm dificuldade em competir de igual para igual.

Em termos de longo prazo, BBDC3 valorizou mais que o CDI e o IMAB desde 2003, acumulando alta superior a 1300%, contra 800% do CDI e 1200% do IMAB. Esses dados reforçam a tese de que, mesmo em momentos difíceis, o Bradesco permanece sendo uma empresa de valor.

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