Nesta segunda-feira (10), as bolsas americanas registraram uma perda de quase US$ 2 trilhões em valor de mercado, com o Nasdaq e o S&P 500 despencando 4% e 2,59%, respectivamente. A queda foi impulsionada por declarações do ex-presidente Donald Trump, que em entrevista à Fox News afirmou que “não descarta uma recessão nos EUA”. O impacto dessas palavras foi imediato, levando a uma onda de venda massiva de ativos de risco e pressionando o mercado global.
Impactos no Brasil: Ibovespa e Dólar
A bolsa brasileira também sentiu o peso da crise, com o Ibovespa recuando 0,63% em um pregão de extrema volatilidade. As ações do setor de tecnologia e financeiro lideraram as perdas, acompanhando a tendência de Wall Street. Por outro lado, setores considerados defensivos, como saúde e consumo, tiveram um desempenho mais estável.
O dólar, por sua vez, disparou frente a praticamente todas as moedas emergentes, inclusive o real. O movimento reflete a busca dos investidores por ativos mais seguros diante da incerteza econômica global. No Brasil, a moeda americana fechou em alta, atingindo novos patamares de resistência no mercado de câmbio.
Quais Empresas Foram Mais Afetadas?
Entre as principais empresas impactadas pela queda global, a Tesla se destacou negativamente, com uma desvalorização de 15,43% em um único dia. A empresa de Elon Musk, que vinha acumulando altas desde novembro, sofreu um movimento brusco de realização de lucros, levando a perdas significativas para investidores.
O setor de tecnologia como um todo foi duramente atingido, com grandes nomes como Apple, Microsoft e Amazon registrando quedas expressivas. No Brasil, a Vale e a Petrobras também tiveram recuos devido às quedas nas commodities, refletindo o temor de uma desaceleração econômica global.
Expectativas para os Próximos Dias
A semana promete ser de alta volatilidade, com os investidores atentos a novos indicadores econômicos. Amanhã (11), será divulgado o relatório JOLTS sobre vagas de emprego nos EUA, um indicador crucial para medir a saúde do mercado de trabalho americano. Além disso, na quarta-feira (12), será divulgado o CPI (Consumer Price Index), dado de inflação que pode influenciar diretamente as expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve.
No Brasil, a atenção também se volta para os novos ministros do governo Lula, que assumiram seus cargos nesta segunda-feira. A ministra Gleisi Hoffmann, por exemplo, conhecida por suas críticas à independência do Banco Central, agora estará à frente das relações institucionais, um movimento que pode trazer impactos político-econômicos significativos.
Investidores Devem Ficar Atentos
Com a volatilidade do mercado, especialistas recomendam cautela aos investidores. A oscilação do dólar e a instabilidade das bolsas reforçam a importância de uma carteira diversificada. Alocações em ativos mais defensivos, como ouro e fundos imobiliários, podem ser uma estratégia para mitigar riscos em momentos de incerteza global.
O mercado financeiro global enfrenta um período de turbulência, impulsionado pelas incertezas econômicas e políticas nos Estados Unidos. O Brasil não está imune aos impactos, e a atenção dos investidores estará voltada para os próximos indicadores econômicos e decisões políticas. Enquanto isso, a recomendação é manter a prudência e buscar alternativas seguras para os investimentos.
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