Em um cenário de juros altos e intensa volatilidade, o fundo de infraestrutura BODB11 surge como um destaque no mercado, oferecendo uma oportunidade rara para investidores que buscam retorno elevado com riscos bem administrados. Atualmente negociado em torno de R$ 7,15, este FI-Infra apresenta um desconto histórico significativo, tornando-o atrativo em comparação a outros ativos semelhantes.
Patrimônio e distribuições recentes
Com patrimônio líquido atual de aproximadamente R$ 854 milhões, o BODB11 distribuiu recentemente dividendos de R$ 0,10 por cota. Historicamente, o valor do fundo já registrou mínimas abaixo dos R$ 6,63, com uma recuperação recente que ainda mantém o preço muito abaixo da média histórica.
Rentabilidade e composição do portfólio
O portfólio do BODB11 é composto majoritariamente por debêntures (94%), oferecendo uma taxa média atrativa de IPCA + 10,65%. Considerando o valor atual das cotas, o investidor pode alcançar uma taxa estimada de IPCA + 12,7%, o que supera significativamente o retorno oferecido por investimentos tradicionais, como CDI ou NTNB.
Por que o BODB11 está com desconto significativo?
Atualmente, muitos FI-Infras estão com suas cotas negociadas abaixo do valor patrimonial devido ao impacto dos juros futuros, cenário que gera deságio na cotação de mercado. No caso específico do BODB11, o deságio atinge entre 20% e 25%, destacando-se entre fundos semelhantes como JURO11 e CADIF.
Essa situação cria uma janela potencialmente vantajosa para o investidor que deseja montar ou ampliar posição no segmento de infraestrutura.
Comparativo: investir diretamente em debêntures ou no BODB11?
Investir diretamente em debêntures exige alto grau de conhecimento e exposição a riscos individuais. Optar por um fundo como o BODB11 oferece benefícios significativos, incluindo:
- Diversificação imediata do portfólio.
- Gestão profissional e especializada.
- Redução do risco através de exposição controlada a múltiplos ativos.
Ponto de atenção: caso Rio Alto
O fundo possui uma exposição limitada (5%) a uma operação do grupo Rio Alto, que recentemente solicitou uma medida cautelar por dificuldades financeiras decorrentes de eventos de corte de energia (CTE) e queda de torres de transmissão. Apesar dessa situação, o ativo conta com garantias reais robustas que podem minimizar impactos negativos. A gestão do fundo acompanha de perto a evolução deste caso, garantindo transparência aos investidores.
Liquidez e movimento de mercado
Em termos de liquidez, o BODB11 mantém um bom desempenho com volume negociado mensal de aproximadamente R$ 60 milhões, média diária superior a R$ 2 milhões. Com cerca de 27 mil cotistas, o fundo oferece facilidade para entradas e saídas de investidores, assegurando uma dinâmica saudável no mercado secundário.
Perspectivas de valorização e programa de recompra
Outro fator relevante é o possível programa de recompra de cotas, em análise pela gestão e aguardando aprovação da CVM. Se aprovado, tal movimento pode impulsionar ainda mais a valorização das cotas, contribuindo positivamente para o retorno ao investidor.
Impactos da taxa de juros e marcação a mercado
O BODB11, como outros FI-Infras, sofre impacto direto das oscilações da taxa de juros futura, especialmente das NTNBs, o que afeta diariamente o valor patrimonial do fundo. No entanto, dada a alta taxa oferecida e o desconto atual, os riscos são relativamente mitigados, especialmente para quem mira o longo prazo.
Com uma taxa média atrativa (IPCA +10,65%), forte desconto na cotação e perspectiva positiva frente ao cenário atual, o BODB11 oferece uma oportunidade sólida para investidores que buscam exposição em infraestrutura com risco controlado. Apesar dos desafios pontuais, como o caso Rio Alto, a gestão ativa e diversificação tornam este fundo uma opção atraente e equilibrada.
Para quem busca retornos acima da média, este pode ser o momento ideal para entrar ou reforçar posição no BODB11, aproveitando o desconto histórico e o cenário favorável de recuperação gradual das cotas.
O post BODB11 está barato demais? Veja por que especialistas recomendam atenção apareceu primeiro em O Petróleo.