BDIF11: O fundo de infraestrutura da BTG que paga quase 15% em dividendos

O BDIF11 é um fundo incentivado de investimento em infraestrutura (FIP-IE), gerido pela BTG Pactual, que aplica majoritariamente em debêntures incentivadas. Esses títulos são emitidos por empresas que atuam em projetos de infraestrutura no Brasil e contam com isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Ao investir no BDIF11, o cotista passa a ter acesso a uma carteira diversificada de debêntures emitidas por companhias dos setores de energia, saneamento, telecomunicações, transporte, entre outros.

Por que investir em debêntures via fundos é mais vantajoso

Embora seja possível comprar debêntures diretamente por corretoras, essa alternativa apresenta limitações como:

  • Ticket mínimo elevado: Muitas debêntures são negociadas a partir de R$ 1.000, podendo chegar a valores muito maiores.
  • Baixa liquidez: É difícil revender debêntures no mercado secundário sem perdas.
  • Falta de diversificação: Ao comprar diretamente, o investidor tende a concentrar o risco em poucos emissores.

No caso dos FI-Infra como o BDIF11, o investidor acessa uma carteira robusta, com dezenas de debêntures de emissores variados, diluindo o risco e contando com a gestão ativa profissional.

A estrutura da carteira do BDIF11

Com um patrimônio superior a R$ 1,4 bilhão, o fundo possui 94% alocado em debêntures de infraestrutura. São 67 ativos diferentes na carteira, com destaque para o setor de saneamento, que representa 33% da alocação total. Outros setores relevantes incluem energia elétrica (transmissão e geração), telecom, rodovias e mobilidade urbana.

Entre os principais emissores estão empresas como ENGIE, Eletrobras, Light, ISA CTEEP, Metrô Rio, Ecorodovias e Comerc Energia. O fundo também possui uma distribuição equilibrada entre ativos de diferentes ratings de crédito, com 26% classificados como AAA (baixo risco).

Rendimento, desconto na cota e oportunidades

Um dos atrativos do BDIF11 é o seu dividend yield, que chega a quase 15% nos últimos 12 meses. Atualmente, a cota está sendo negociada a cerca de R$ 75, enquanto seu valor patrimonial gira em torno de R$ 82 – um desconto aproximado de 8,5%.

Esse deságio se explica pelo momento macroeconômico adverso, com juros elevados e preferência do mercado por ativos de renda fixa tradicionais. No entanto, para quem busca diversificação, isenção de IR e rentabilidade acima da média, o fundo se torna uma alternativa interessante.

Como a gestão escolhe as debêntures

A seleção dos ativos do BDIF11 segue uma metodologia rigorosa da BTG, que considera:

  • Análise de risco de crédito quantitativa e fundamentalista
  • Garantias oferecidas pelas emissoras
  • Fluxo de caixa e balanço financeiro
  • Análise setorial e macroeconômica

Esse processo permite maior segurança para o investidor e é um dos diferenciais da gestão ativa do fundo.

Comparativo de performance

Desde seu lançamento, em agosto de 2021, o BDIF11 acumulou uma rentabilidade de cerca de 28%, superando o IFIX e o Ibovespa no período. Perde apenas para o CDI, o que é esperado em um cenário de juros altos.

O benchmark do fundo é IPCA + 2% ao ano, mas com a marcação a mercado e os descontos atuais, investidores que compram cotas hoje estão efetivamente acessando rentabilidades equivalentes a IPCA + 12%, segundo análises de sensibilidade.

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